Pediatras do Conselho Americano da Medicina do Desporto e Fitness estão a alertar os pais de que os adolescentes andam a tomar suplementos que são não só um risco para a saúde, como também não estão regulados pelas entidades competentes, com o objetivo de melhorarem a aparência. Os suplementos incluem proteínas em pó, esteróides e comprimidos para emagrecer que, segundo a Academia Americana de Pediatria, são por um lado ineficientes, e por outro tóxicos.

Com base num estudo realizado em estudantes do 8º ao 12º ano, 20% dos rapazes confessou que tomava suplementos de proteína; um em cinco usa creatina (utilizada pelo organismo para fornecer energia durante os exercícios físicos intensos e de curta duração); e entre 5% a 7% usa esteróides.

"Os médicos consideram o uso de esteróides como um problema exclusivo dos atletas, mas na realidade há jovens que não são atletas e que andam a consumir esteróides por razões de aparência", revela Dr. Michele LaBotz, um dos co-autores do estudo.

Enquanto que os rapazes usam mais suplementos proteícos, cafeína, esteróides e creatina, as raparigas são mais adeptas de suplementos para emagrecer que não necessitam de prescrição médica.

A maior parte dos suplementos que os adolescentes andam a tomar foram desregulados em 1994 e incluem metais pesados e tóxicos, como mercúrio ou misturas de esteróides com estimulantes (anfetaminas).

"Substâncias misturadas com estimulantes aumenta o risco de problemas cardiovasculares", explica LaBotz. "E os efeitos dos esteróides são ainda mais graves e irreversíveis, como o crescimento do peito nos rapazes e crescimento atrofiado".

Por estas razões, os médicos nos Estados Unidos estão a alertar os pais e adolescentes para os perigos destes suplementos com o objetivo de desencorajar a sua toma.