Pele seca, áspera, muito inflamada, permanente comichão e muita irritabilidade, eis os sinais visíveis de uma “crise” de eczema atópico que nesta altura do ano, tende a intensificar-se.
A “culpa” é dos pólenes que andam no ar, um dos principais factores de risco para os doentes atópicos.
Luiz Leite, dermatologista e director clínico da clínica laser de Belém, explica a doença: “O eczema atópico é uma patologia perfeitamente normal, que afecta cerca de 3 em cada 10 crianças. Em Portugal, o tempo quente e seco está identificado como período de exacerbação por excelência: a atmosfera está mais saturada de pólenes e as crianças tendem a passar mais tempo ao ar livre, a praticar actividades físicas e de lazer que causam transpiração, outro factor importante para potenciar uma crise”.
O eczema atópico afecta perto de 30% das crianças, sobretudo no primeiro ano de vida, quando a doença se manifesta, pela primeira vez, em 65% dos casos.
O mal tende a desaparecer antes da adolescência mas, numa percentagem mínima de doentes, é para sempre, afectando fortemente a sua qualidade de vida.
O tratamento faz-se, normalmente, com anti-histamínicos, nos casos mais ligeiros, e corticosteróides tópicos. Em casos extremos, pode-se recorrer à administração de corticosteróides orais.
O tratamento com imunomoduladores tópicos, que suprimem a resposta do organismo aos factores desencadeantes da alergia, reduzindo a inflamação e o prurido, têm vindo a ser adoptados gradualmente como terapêutica tópica de primeira escolha.
15 de Julho de 2010
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