Quando se é jovem e saudável, em princípio não existem razões de preocupação com a eventual existência de uma situação de infertilidade, pelo menos até que passe um ano de relações sexuais desprotegidas e regulares sem se conseguir a gravidez.

 

Contudo, quando a mulher tem mais de 35 anos é aconselhável que esse período não exceda os seis meses, pois os exames necessários à investigação da situação de infertilidade podem demorar algum tempo e a idade é um dos fatores que afeta quer a decisão em relação à estratégia de tratamento a adotar, quer o sucesso dos tratamentos.

 

De igual modo, não faz sentido adiar a resolução do problema nos casos em que existe uma causa óbvia de infertilidade (por exemplo, um diagnóstico prévio de obstrução das trompas ou um espermograma com alterações significativas, entre outros fatores) ou nas situações em que um dos elementos do casal se submeteu voluntariamente a um processo de esterilização, como a laqueação das trompas (na mulher) ou a vasectomia (no homem).

 

Uma vez que a infertilidade é um problema afeta o casal, recomenda-se que marido e mulher venham juntos à primeira consulta de infertilidade. Não existem razões clínicas para que o processo de diagnóstico e apresentação de uma proposta terapêutica dure mais de um mês (a não ser em casos raros).

 

Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito no próprio dia da primeira consulta ou no máximo em duas semanas (uma vez que há exames que só podem ser realizados em determinadas fases do ciclo menstrual). De qualquer modo, é importante que os casais estejam atentos a certos sinais e sintomas que podem ser indicativos de que nem tudo está bem e que devem ser tratados o quanto antes.

 

Eis uma lista dos sinais a que os casais devem estar atentos:

 

Na Mulher:

 

- Menstruações muito dolorosas e/ou com grande fluxo;

- Menstruações irregulares;

- História clínica de gravidez ectópica;

- História clínica de aborto espontâneo;

- História clínica de cirurgia abdominal;

- História clínica de doenças sexualmente transmitidas, como por exemplo gonorreia ou infeção por Chlamydia;

- Existência de dores durante as relações sexuais.    

 

No Homem:

 

- História clínica de papeira, com afetação dos testículos;

- Na infância os testículos não desceram e foi necessário uma intervenção cirúrgica para corrigir essa situação;

- História clínica de doença sexualmente transmitida (mesmo que atualmente não a tenha);

- Existência de problemas sexuais, como por exemplo ejaculação precoce;

- Contexto profissional de contacto com radiações ou produtos químicos;

- Consumo de certos medicamentos (esteróides anabolizantes em ginásios, medicamentos usados em quimioterapia);

- Consumo abusivo de álcool e/ou drogas.

 

 

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