A publicação científica British Medical Journal Case Reports publicou recentemente a história de um homem adulto que rompeu a garganta ao suster um espirro.

Não acontece todos os dias, é um facto, mas os especialistas não deixaram de aproveitar este episódio para alertarem as pessoas no sentido de não contrariarem a vontade de espirrar.

Da mesma forma, devemos transmitir aos nossos filhos este cuidado até porque as vias respiratórias e os vasos sanguíneos nas crianças são tão suscetíveis como os dos adultos de sofrerem uma pressão exagerada e não resistirem.

O espirro é um mecanismo respiratório de defesa que se caracteriza por um fluxo de ar de alta velocidade para eliminar secreções e agentes agressores. Portanto, ao suster um espirro, toda a pressão gerada por esse fluxo de ar de alta velocidade que deveria ter sido expelido, é mantido no interior do corpo.

O local mais frequente para onde o ar se desloca é para o ouvido e aí, pela pressão que exerce, pode provocar, desde um simples desconforto, a um processo inflamatório, dor e até o rompimento do tímpano.

Suster um espirro também pode ter consequências nas cavidades e nos seios perinasais, na garganta, nos pulmões e nos olhos, podendo causar o rompimento de vasos sanguíneos e até desmaios.

São razões, mais do que suficientes, para evitar prender o espirro. As crianças devem, por isso, ser avisadas deste perigo porque é muito frequente a prática social de não espirrar em público.