Uma formiga, o reflexo no espelho, as estrelas ou uma mera caixa vazia são elementos da vida diária que representam verdadeiros mistérios para os mais pequenos. Ajudá-los a compreender o que os rodeia é também a sua missão enquanto educador e, seja dentro ou fora de casa, há um mundo de coisas novas para explorar.

Seja um aliado, fornecendo-lhe ferramentas para esta divertida investigação (como um microscópio, caso seja mais crescido) ou ensinando-o a apreciar os detalhes da natureza (com a recolha de pedras, flores ou folhas). As idades referidas são meramente indicativas e podem variar de criança para criança.

Esconde-esconde (7/8 meses)

A diversão reside num movimento muito simples: aparecer ou desaparecer. Nesta fase, entre os sete e os oito meses, surge o chamado «conceito de permanência», em que as crianças sabem da existência de algo mesmo que não a vejam.

É por isso, dizem os especialistas, que adoram atirar os brinquedos para o chão, só para vê-los desaparecer. Brincar às escondidas é possível recorrendo apenas às mãos ou a uma almofada para esconder o rosto, mas se quer provocar novas sensações ao seu filho experimente sentá-lo junto a um espelho.

Ele ficará fascinado e intrigado pelo reflexo que vê, sem mesmo se aperceber que o bebé diante dele é, de facto, ele próprio.

Quente e frio (2 anos)

Trata-se de um jogo simples que estimula a sua curiosidade e capacidade motora. Escolha uma divisão da casa, por exemplo a sala, e pegue num brinquedo da criança.

Evite usar o seu peluche favorito, pois pode gerar uma birra antes mesmo de começar o jogo. Peça à criança que tape os olhos, enquanto vai esconder o brinquedo, e explique-lhe o objetivo do jogo: encontrar o boneco.

De seguida, forneça-lhe pequenas pistas, usando as expressões «quente» ou «frio» consoante a proximidade que a criança tiver do objeto. Uma vez resolvido o mistério, é a sua vez de tapar os olhos e procurar o brinquedo.

Roda dos alimentos (4 anos)

Para realizar este jogo precisará de uma caixa onde colocará alimentos de diferentes texturas, tamanhos e aromas; um lenço para tapar os olhos; papel e caneta.

Cada jogador é convidado a identificar, tendo sempre os olhos vendados, os alimentos que se encontram no saco através do tato e olfato. As respostas são anotadas num papel e no final comparam-se resultados para determinar o vencedor.

Para tornar o jogo mais aliciante pode ir incluindo novos alimentos no jogo. Outra possibilidade é limitar o uso dos sentidos, por exemplo, recorrer apenas ao tato ou ao olfato.

Texto: Manuela Vasconcelos