A medula é um tecido com consistência líquido-gelatinosa que se encontra no interior dos ossos longos e das cavidades esponjosas dos ossos. Para além de ser o órgão formador das células do sangue, a medula é responsável pela produção de células indiferenciadas (células estaminais), ou seja, que se podem transformar em qualquer tipo de célula.
As células estaminais sofrem um processo de renovação frequente no organismo e mantêm-se em níveis relativamente constantes, sendo fundamentais para o bom funcionamento do organismo.
Há várias doenças que destroem, inibem ou afectam o normal funcionamento da medula, prejudicando de forma grave a saúde dos doentes que, para conseguirem recuperar, necessitam de receber uma transplantação de medula óssea.
Para se inscrever como dador de medula óssea é necessário satisfazer vários requisitos básicos:
- Ser saudável;
- Ter entre 18 e 45 anos;
- Pesar mais de 50 Kg e ter pelo menos 150cm de altura;
- Não ser portador de doenças crónicas ou autoimunes;
- Não ter recebido transfusão de sangue ou de componentes sanguíneos .
Outras questões ou esclarecimentos são efectuados pelo pessoal de saúde das equipas de colheita e também no site do Chsul.
Após a inscrição ficará registado e a aguardar ser contactado pelo CEDACE, o Registo Português de Dadores de Medula Óssea, se e quando existir um doente que, necessitando receber transplantação de medula óssea, tenha um grupo sanguíneo HLA semelhante ao seu.
Quanto à doação de medula, propriamente dita, é feita através de duas formas:
- Colheita de células estaminais periféricas, as quais são retiradas através de colheita selectiva, no sangue periférico. Neste processo, mais simples e mais frequentemente utilizado em todo o mundo, o dador recebe previamente um medicamento que vai aumentar a chamada de células progenitoras ao sangue periférico, que são posteriormente colhidas.
- Colheita directa da medula óssea localizada no interior dos ossos pélvicos. Este processo necessita de anestesia geral e requer uma breve hospitalização.
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