As viagens aéreas não são recomendadas a crianças com menos de sete dias.
Deve-se procurar aconselhamento médico prévio para garantir que a criança está saudável e que a viagem não está contraindicada.
Esta regra é especialmente importante no caso dos recém-nascidos prematuros. Jorge Atouguia, infeciologista, aconselha voos pouco cheios e diretos. No caso de ter de fazer voos com escala, evite os «muito curtos, que obrigam a correrias, e os muito longos, que implicam períodos desconfortáveis de espera. Se a criança não tem dificuldade em adormecer, programe as horas dos voos para as suas horas de dormir», recomenda o especialista em Medicina do Viajante.
Caso a criança tenha dificuldades em dormir, procure viajar fora dessas horas. Ao reservar, tenha em conta que «os lugares da frente, junto às divisórias do avião, são melhores e algumas companhias fornecem cadeiras de bebé que se adaptam. Nunca coloque o seu filho no lugar da coxia pois pode magoar-se com o movimento de pessoas e carrinhos de tabuleiros», alerta o médico, segundo o qual «nunca se deve iniciar uma nova medicação no dia da viagem, mas sim testá-la antes de viajar», dado os potenciais efeitos secundários.
Os conselhos do especialista
- A roupa deve ser larga, suave e confortável.
- Chegue cedo e envie para o porão o máximo de bagagem possível.
- Informe no check-in que viaja com criança(s) e se leva cadeirinha ou berço.
- Mude a fralda antes de embarcar.
- Atrase a refeição da criança até estar sentada no avião.
- Mantenha a criança bem hidratada e a viajar numa cadeirinha de bebé aprovada pela companhia de aviação.
- Informe as assistentes de voo se a criança tiver algum problema que possa representar desconforto para os restantes passageiros.
- Se a criança sentir dor no ouvido médio, dê-lhe de mamar ou o biberão ou faça-a trincar uma bolacha.
- Se estiver a dormir durante estas fases do voo, não a acorde.
- O cinto de segurança deve ir sempre apertado, mesmo levando o bebé ao seu colo, pois uma turbulência súbita pode fazer com que o deixe cair.
- À chegada, seja das últimas pessoas a sair.
- Se tiver um voo de correspondência, vá logo para a porta de embarque do voo seguinte.
Texto: Lia Pereira com Jorge Atouguia (infeciologista)
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