Em Casa
Quando a criança fica em casa é preciso cuidado redobrado com a higiene do local onde ela passa a maior parte do tempo. O quarto deve manter-se sempre limpo e o pó ser removido com muita frequência. Brinquedos de peluche, cortinados, alcatifas felpudas e tapetes grossos devem ser evitados pois contribuem para a reprodução de parasitas e pó.
Mudar a Roupa de Cama
A mudança de roupa da cama pode ser um processo difícil nos casos em que a criança está acamada ou muito fraca para se levantar.
Desta forma, os pais ou pessoas responsáveis devem colocar a criança para um lado da cama e pôr o lençol dobrado na parte em que esta não se encontra, retirando, antes disso, o lençol sujo. Depois de colocado o lençol limpo numa das partes da cama, a criança deve ser rodada na cama e colocada na parte limpa da cama. O processo pode ser feito após o banho e à medida que o doente se vai vestindo.
Cuidados na Cama
Se a criança estiver acamada deve ser incentivada a movimentar-se, mesmo que seja um só membro de cada vez. Se não se conseguir mexer por si própria, é aconselhável mudá-la de posição de duas em duas horas durante o dia e de quatro em quatro horas durante a noite.
O facto de a criança estar acamada leva a algumas restrições, sendo necessária a utilização de colchões anti-escaras, pressões alternadas ou mesmo almofadas de gel. A formação de feridas no corpo é frequente nestes casos, pelo que é de extrema importância observar se a criança possui zonas avermelhadas que possam vir a originar úlceras (que causam grande desconforto e são difíceis de curar). É por isso importante manter os lençóis secos e sem rugas e tentar que a criança se sente no sofá uma ou mais vezes por dia.
É conveniente contactar o médico responsável caso a pele esteja gretada, se existirem zonas com vermelhidão persistente, se forem visíveis feridas na pele ou se a criança sentir dor nas zonas do corpo que estão a exercer pressão na cama.
Na Escola
Quando a criança não está com neutropenia pode continuar a ir à escola, desde que sejam garantidos os devidos cuidados de higiene e evitado o contacto com pessoas doentes, mesmo que seja uma simples gripe. O cuidado redobrado deve ser tomado também em relação ao contágio da varicela. Se a criança já tiver voltado à escola, os professores devem ser alertados para a ocorrência de casos de varicela ou sarampo noutras crianças.
Apesar de ser previsível que a criança não fique o tempo integral na escola por estar mais debilitada, é importante que continue a ir ao estabelecimento de ensino para não perder o contacto com os amigos e com o ambiente de estudo.
Nos períodos em que a criança não puder frequentar a escola, os pais devem encontrar uma alternativa que garanta que ela não abandona totalmente o meio escolar. Nestes casos, poderão ser realizados contactos frequentes com a escola para que seja encontrada uma solução que poderá passar pelo deslocamento de um docente a casa para apoio nos estudos, ou a participação nas aulas através de vídeo-conferência.
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Projecto da Fundação Rui Osório de Castro
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