A primeira filha, o primeiro restaurante e o terceiro livro. 2023 foi generoso para com Marco Costa. Desde que participou no reality show a 'Casa dos Segredos', que o tornou conhecido, em 2011, muito aconteceu na vida de Marco, o pasteleiro mais popular do país que é, também, o mais recente entrevistado do Fama ao Minuto.
Começámos a conversa com os 'olhos postos' em 'O Segredo da Receita', a terceira obra publicada, que assim se segue a 'Receitas com Segredo', de 2016, e 'Sem Segredos', de 2018. Depois, viajámos até à televisão, plataforma à qual Marco deve grande parte da sua popularidade. Por fim, 'entrámos em casa' deste pai de família que, em janeiro deste ano, viu cumprido um dos seus maiores sonhos: ser pai.
É o seu terceiro livro. Por que motivo continua a ser tão importante manter este hábito de publicar as suas receitas?
Se dissesse que fazia muita questão estaria a mentir. No entanto, tenho sentido muita vontade por parte das pessoas que me seguem e acompanham de continuarem a ter as minhas receitas em casa, em algo palpável. Os outros dois livros foram um sucesso, então, senti necessidade de chegar também a pessoas que não têm redes sociais ou que não são tão ativas. Espero não só poder ensinar algumas receitas mas, também, motivar as pessoas com algumas histórias minhas.
De que forma se diferencia este livro dos dois primeiros?
Este não tem só receitas, está conjugado com uma parte em que falo sobre as minhas inspirações. Ao longo deste tempo, tenho recebido muito feedback das pessoas pelas minhas partilhas nas redes sociais, em que me dizem que sirvo de inspiração, então decidi acrescentá-las ao livro.
A área motivacional também tem vindo a ser explorada por si nas redes sociais nos últimos tempos...
Não é nada pensado, é algo que faço de forma natural e espontânea. Não posso dizer que tenho formação ou que estudei para isso, mas demonstro com o meu exemplo que, se acreditarmos e lutarmos, conseguimos conquistar as nossas coisas. Quem me acompanha diariamente vai vendo onde eu estava, onde estou agora e para onde quero ir.
Costumo dizer que as pessoas na televisão têm prazos. Eu tive o meu. Na altura saí porque quis, porque me fez sentido sair. Não fecho as portas, mas tenho uma coisa boa: não vivo obcecado com isso
O prefácio foi escrito por Cristina Ferreira. Por que lhe fez sentido para si que fosse ela?
Eu escrevo sobre ela no livro e, também ela, é uma inspiração para mim. É uma pessoa que veio do nada e que conseguiu conquistar o que conquistou, é enorme na área dela, uma referência no que é estar na linha da frente e fazer acontecer. Para mim, é um privilégio ter uma amiga e uma mulher empoderada como ela a escrever no meu livro e a apresentá-lo.
© Instagram/Marco Costa
Sei que há vários seguidores seus que, nas redes sociais, pedem que tenha uma presença mais regular na televisão. Depois de três anos com uma rubrica no programa 'A Tarde é Sua', da TVI, voltar a ter um desafio destes é algo que equacionaria?
Costumo dizer que as pessoas na televisão têm prazos. Eu tive o meu. Na altura saí porque quis, porque me fez sentido sair. Não fecho as portas, mas tenho uma coisa boa: não vivo obcecado com isso. Se um dia for convidado - e se for para fazer uma coisa bem feita - então voltarei. Graças a Deus, se não acontecer, a minha vida continua. Não há convites nem vivo a pensar nisso, mas vejo-o com bons olhos. Adoro ensinar e faço estes livros porque gosto de partilhar o conhecimento que tenho, porque acho que a única maneira de nos mantermos eternos é partilharmos o que sabemos. Daqui a uns anos, quando já cá não estiver, quero que algum bisneto de algum amigo ou pessoa que me conheceu esteja a fazer a minha torta de laranja e diga: 'esta torta é de um senhor de que a minha bisavó falava'. A televisão também nos permite ter um acesso mais direto às pessoas.
2023 foi um ano muito bom para si, com o nascimento da Maria Emília, que era um sonho antigo, a abertura de um restaurante e o lançamento de mais um livro...
2023 tem sido um ano incrível. Se conseguisse que todos os anos fossem como este, já não podia pedir mais. Fui pai, lancei este livro, fiz a capa da Men's Health, que era um sonho desde os meus 15 anos... nem consigo exprimir em palavras o quão generosa a vida tem sido para mim. Estou grato e vou fazer de tudo para que o próximo ano também corra muito bem, mas será difícil superar este.
Sou realmente muito realizado. Sinto-me completo, é a palavra certa
É uma fase de grande realização a todos os níveis?
Às vezes, as pessoas perguntam-me: 'então e desejos para o futuro?'. Neste momento, não desejo nada. Tudo aquilo que eu desejava, eu consegui. Ao dia de hoje, tenho tudo aquilo que sempre pedi: uma família incrível; a Maria Emília, que é minha filha, e o Vicente, que é como se o fosse também; uma mulher incrível; a minha irmã, a minha mãe e a minha avó estão com saúde; tenho trabalho; sucesso em tudo o que me meto; tenho saúde... sou realmente muito realizado. Sinto-me completo, é a palavra certa.
Estes primeiros meses de paternidade têm sido como esperava?
A nível emocional têm sido ainda melhores, no entanto, também estão a ser muito cansativos. A minha filha é obra, tenho de ser sincero [entre risos]. Estamos a chegar ao Natal, está na altura de apertar o trabalho e a minha filha não dorme assim tão bem quanto eu gostaria. É duro. Também tenho dias como os de ontem em que fiquei sozinho com ela em casa e é incrível. Tem sido uma experiência cansativa, mas vale a pena.
© Instagram/Marco Costa
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