
O programa ‘Alta Definição’, da SIC, deu a conhecer um pouco mais o ator Diogo Amaral. Sentado à frente do apresentador Daniel Oliveira, o artista recordou alguns momentos que marcaram a infância, falando também abertamente da separação de Vera Kolodzig, com quem tem um filho em comum, o pequeno Mateus, de três anos.
Inicialmente, Diogo Amaral começou por lembrar o momento em que os pais se separaram, quando tinha sete anos.
Nessa altura, o ator ficou a viver com a mãe e a irmã, criando uma forte ligação com ambas. “A minha mãe, para além de ser minha mãe é a minha melhor amiga. Tenho uma excelente relação com a minha irmã. Vivemos muitos anos juntos”, afirmou, referindo que a sua mãe “é das poucas pessoas que tem a certeza que o ama verdadeiramente e que se preocupa consigo”.
“Sei que se lhe contar tenho sempre ali alguém que me vai dizer sempre a verdade. A minha mãe é a pessoa que mais passou cenas comigo na minha vida. Quando estou preocupado com alguma coisa ela diz-me: ‘Tu vais dar a volta a isso’”, acrescentou.
Diogo recorda que aos sete anos não percebeu o verdadeiro significado da separação dos pais e que só “passados uns anos” é que “caiu a ficha e percebeu tudo”.
No entanto, o ator partilha a opinião de que “as pessoas devem separar-se se não estiverem bem juntas. E acho que é melhor para todos do que estar a insistir”. “Até pode ser um ato de amor: ‘Olha vamo-nos separar porque vai ser melhor para ti, vai ser melhor para mim e, se calhar, vai ser melhor para eles", explica.
Falando também da sua separação da mãe do filho, Vera Kolodzig, o ator salienta que “os filhos não têm nada a ver com os problemas dos pais e isso é o mais importante”. “Há a minha relação com ele, há a relação da mãe com ele, a nossa relação com ele e há a minha relação com a mãe dele. Seja o que for que tenha levado à nossa separação, tem que ficar entre nós. Ele não tem nada a ver com isso e nem tem que ter nada a ver com isso. É uma injustiça fazer os filhos sentirem isso”, continuou.
Diogo Amaral assume ser um “poeta romântico” e “teve pena” da sua relação com a também atriz ter chegado ao fim, tendo achado na altura que “tinha estragado tudo”. “Aquela coisa da fotografia em cima da lareira da família feliz, achei que tinha rebentado com isso. O meu ano de 2017 foi arrebatador para o bom e para o mau. Durante muito tempo, no início de 2017, pensei: ‘Rebentei com isto. Tive a minha oportunidade e já rasguei o bilhete’”, lembrou.
Hoje, o ator sente que “nada acabou”, simplesmente “as coisas evoluíram para outras coisas”. “Tenho uma excelente relação com a mãe do Mateus”, assegura.
Sobre o filho, Diogo Amaral confessa que “tenta não ter grandes expectativas daquilo que quer que o menino seja comigo”. “A minha preocupação é mais no que é que eu não quero ser com ele ou o que é que eu quero ser para ele. É tão difícil saber se estás a fazer o certo ou o errado nesta coisa da paternidade para todos os lados. Agora percebo muitas coisas que os meus pais me diziam. A minha mãe teve-me aos 23-24 anos, eu fui pai aos 33. É uma grande diferença. Só quero ter uma boa relação com o meu filho, sempre, como tenho com o meu pai”, admite.
O ator apenas quer ser “pai” e “estar lá para ele e que ele sinta isso”. “Gosto muito de ser pai e era uma experiência que eu queria muito ter”, frisa.
Depois de o filho ter nascido, “nada foi como tinha imaginado”. “O primeiro ano e meio para mim foi estranho. Tinha os meus momentos com ele, era eu que dava banho sempre e fazia questão de ser pai, fazer alguma coisa. Mas tenho consciência que podia ter feito mais no primeiro ano e tal. A coisa da paternidade assustou-me um bocadinho. Acho que a partir de certa altura houve ali um clique e tenho uma ligação gigante”, partilha.
Apesar de inicialmente ter pensado que o facto de ter um filho tinha “acabado com a sua vida”, hoje o ator garante que este pensamento não corresponde com a verdade. “É mentira porque tudo é possível. Hoje em dia, se chamo uma babysitter para ficar com o meu filho, vou com o coração nas mãos. É a mesma coisa que deixar o filho na escola. Acho que isto deve ser transversal a todos os pais. Sais sempre da escola com o coração nas mãos”.
Segundo Diogo Amaral, depois da separação, o pequeno Mateus passa uma semana com a mãe e outra com o pai. Quando tem o filho ao seu lado, tenta desfrutar ao máximo o tempo que passa com ele. “É um amor tão grande. Só sei mesmo o que é o amor depois de ter tido um filho”.
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