O ainda treinador da selecção portuguesa de futebol, Luiz Felipe Scolari, vai ganhar no Chelsea do multimilionário Abramovich um salário de cerca de 7 milhões de euros por ano - informa a imprensa inglesa de hoje.
A edição online do "Times" sublinha que as razões para a mudança de Scolari são, sobretudo, de natureza financeira e lembra que o brasileiro "apenas" ganhava em Portugal 2, 2 milhões de euros anuais.
"Tenho 59 anos, em breve farei 60, e não quero trabalhar até aos 70 como treinador. Apenas quero trabalhar mais quatro ou cinco anos e reformar-me", diz Scolari, citado por aquele jornal britânico.
Ontem, numa conferência de Imprensa, em Basileia, o seleccionador nacional explicou que o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl, não conseguiu arranjar patrocinadores para se aproximar da verba oferecida pelo Chelsea. Por isso, "fui libertado para negociar e as coisas concretizaram-se", referiu Scolari.
O tablóide "News of the World" valoriza em título o facto de Scolari ir para o Chelsea ganhar um salário 36 seis vezes superior ao do primeiro-ministro inglês Gordon Brown e publica, sobre este aspecto específico, o seguinte comentário do treinador: "É um grande emprego, sim senhor, mas também acarreta grandes responsabilidades. Às vezes até é mais difícil do que ser primeiro-ministro ou presidente porque há mais pessoas a falar de futebol do que de política, saúde ou economia..."
Scolari deixa a selecção portuguesa depois do Euro 2008 e sonha com uma vitória nesta importante prova: "Era tudo o que eu gostaria. (...) Pelo que temos feito, acredito que é possível ir à final de Viena, mesmo sabendo que temos adversários fortes pela frente. Estou feliz com o que os atletas têm feito até ao momento".
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