Será que Renato Seabra, o jovem de 23 anos acusado do homicídio de Carlos Castro, sofria de insanidade mental no momento do crime?

A resposta a esta pergunta vai decidir o destino do rapaz de Cantanhede que começará a ser julgado em Nova Iorque esta sexta-feira – vinte meses depois de Carlos Castro ter sido encontrado nu e mutilado num quarto de hotel em Manhattan.

O advogado de defesa, David Touger, sustenta que o jovem deve ser considerado “inocente”, por não estar na posse das suas “faculdades mentais” no momento da tragédia, e vai tentar fazer prevalecer esta tese junto do júri, a quem apresentará – diz ele – vários relatórios psiquiátricos.

Na primeira sessão do julgamento, que será presidido pelo juiz Charles Obus, o mesmo que teve em mãos o caso de Dominique Strauss-Khan, o tribunal vai determinar, a pedido da defesa, se é ou não válida a confissão que Renato Seabra fez à polícia logo após o crime.

Logo a seguir, serão escolhidos os jurados e, poucos dias depois, começarão a ser ouvidas as testemunhas.

O julgamento deverá durar entre duas e três semanas.

Recorda-se que o caso remonta a 7 de Janeiro de 2011, quando Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado nu e com sinais de agressões violentas e mutilação nos órgãos genitais no quarto de hotel que partilhava com Renato Seabra em Manhattan.

O jovem está actualmente numa cela individual da prisão de Rikers Island, por decisão do departamento penal de Nova Iorque, medicado e sujeito a vigilância médica.