O cantor R. Kelly foi considerado culpado em seis acusações de produção de pornografia infantil e atividade sexual ilegal num caso com uma menor, esta quarta-feira, em Chicago, por um júri federal.

A decisão chega no segundo dia de deliberações no tribunal de Chicago e depois de o cantor ter sido condenado a 30 anos de prisão por tráfico sexual.

R. Kelly foi condenado em seis de 13 acusações, no entanto, foi absolvido de outras sete acusações, segundo a imprensa internacional.

O júri absolveu o artista de uma quarta acusação de pornografia, bem como uma acusação de conspiração para obstruir a justiça, acusando-o de consertar o seu julgamento de pornografia infantil em 2008. R. Kelly foi considerado inocente em todas as três acusações de conspiração para receber pornografia infantil e por duas incriminações de aliciamento.

Os seus corréus, Derrel McDavid e Milton Brown, foram considerados inocentes de todas as acusações.

No julgamento, os procuradores tentaram retratar o cantor como um mestre manipulador que usou a sua fama e riqueza para atrair fãs, incluindo alguns menores de idade, abusando sexualmente deles e depois descartá-los.

Nascido Robert Sylvester Kelly, o artista estava desesperado para recuperar os vídeos pornográficos infantis que produzia e guardava numa mochila de ginástica, disseram testemunhas.

Testemunhas indicaram que R. Kelly ofereceu até um milhão de dólares (cerca de um milhão de euros) para recuperar vídeos perdidos antes do seu julgamento de 2008, sabendo que o colocariam em perigo.

A conspiração para esconder os seus abusos ocorreu entre 2000 e 2020, atentaram os procuradores.

R. Kelly já tinha sido condenado por extorsão e tráfico sexual em Nova Iorque e condenado a 30 anos de prisão.

Em Chicago, uma condenação de apenas uma acusação de pornografia infantil acarreta uma sentença mínima obrigatória de 10 anos, enquanto a receção de pornografia infantil determina um mínimo obrigatório de cinco anos.

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