O juiz responsável pelo caso de difamação e agressão sexual que envolve as estrelas de Hollywood Justin Baldoni, Blake Lively e o seu marido, Ryan Reynolds, repreendeu esta segunda-feira as partes envolvidas por transformarem o processo num espetáculo mediático.

Blake Lively e Ryan Reynolds são alvo de uma ação por difamação movida por Baldoni, realizador e colega de elenco da atriz no filme "Isto acaba aqui". O ator reclama uma indemnização de 400 milhões de dólares (perto de 387,7 milhões de euros), depois de Blake Lively o ter processado, em dezembro passado, por assédio sexual e difamação.

Os advogados das partes reuniram-se no Tribunal Federal do Distrito Sul de Manhattan, no mesmo dia em que Baldoni publicou uma série de documentos e e-mails num site, o que irritou o juiz de instrução Lewis Liman. Segundo a imprensa norte-americana, o magistrado considerou que esta ação violava os procedimentos judiciais.

O juiz ameaçou antecipar a data do julgamento, atualmente prevista para início de março de 2026, caso os envolvidos continuem a expor publicamente a disputa.

No final de dezembro, Blake Lively apresentou uma ação na Califórnia contra Baldoni e o produtor do filme, Jamey Heath, por assédio sexual e difamação. A atriz alega que ambos tiveram comportamentos inadequados durante as filmagens.

De acordo com Blake Lively, terá existido uma campanha de comunicação para destruir a sua reputação e desviar as atenções das declarações que fez sobre o alegado comportamento dos dois homens. A atriz acusa-os de terem contratado uma equipa de assessoria para ampliar ou divulgar histórias negativas sobre ela nas redes sociais.

A 31 de dezembro, Baldoni processou o New York Times, alegando que o jornal retirou de contexto as declarações sobre a denúncia de Blake Lively, com o objetivo de "induzir em erro" os leitores.