O jornalista Manuel Catarino, chefe de Redacção do "Correio da Manhã", é o autor de um novo livro sobre o "caso Maddie", que será posto à venda na próxima 2ª feira.
O trabalho, cujo título ainda está no segredo dos deuses, revela os pormenores da investigação conduzida pela equipa da Polícia Judiciária coordenada por Gonçalo Amaral e aponta os erros dos investigadores. O livro inclui uma entrevista a José Manuel Anes, especialista em assuntos de segurança e um dos mais respeitados criminalistas portugueses, que trabalhou durante 20 anos no Laboratório de Polícia Científica.
A Polícia Judiciária, segundo Manuel Catarino, foi incapaz de resistir à pressão das mais altas esferas britânicas e perseguiu durante demasiado tempo a teoria de que a menina tinha sido raptada na noite de 3 de Maio. O livro, editado pela Guerra e Paz, conta como o casal McCann conseguiu mover influências ao mais alto nível e pôr em marcha uma fantástica máquina que influenciou as investigações da Polícia Judiciária. Os investigadores, revela o autor do livro, cometeram um erro nas horas que se seguiram ao desaparecimento de Maddie. Os técnicos do laboratório de Polícia Científica concentraram o maior esforço na recolha de vestígios no quarto onde a menina dormia com os irmãos e deixaram o resto do apartamento. Não viram no chão e na parede da sala várias manchas de sangue - que só foram encontradas três meses depois. O sangue fresco teria fornecido aos investigadores indicações preciosas.
O livro é uma grande reportagem sobre os bastidores da investigações. Revela, por exemplo, como os cães springel spaniel da polícia britânica - o Eddie e a Keela - encontraram odor a cadáver nas calças de ganga e na blusa de Kate e no peluche de Madeleine.
O lançamento da obra está marcado para a próxima quarta-feira, dia 5, no El Corte Inglês, em Lisboa. A apresentação estará a cargo de Francisco Moita Flores, ex-investigador da Polícia Judiciária, e de Octávio Ribeiro, director do "Correio da Manhã".
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