Miguel Melo esteve hoje, 8 de maio, à conversa com Júlia Pinheiro, ocasião na qual falou do vício em drogas contra o qual lutou durante mais de duas décadas.

O ator, de 56 anos, contou que tudo começou com uma substância química que lhe dava mais energia e, consecutivamente, maior rendimento enquanto bailarino profissional.

"Eu estava realmente muito cansado, tive uma infância e uma adolescência com muito trabalho", lembra.

"Descobri que existia um químico que me punha a saltar mais alto, a sentir mais energia e não era o único bailarino que usava esse químico. Aí manifestou-se a minha parte aditiva. Eu não usava de uma forma recreativa, usava esse químico para trabalhar. Só que num ano destruí a minha carreira porque eu usava diariamente e foi uma coisa que me destruiu", confessa, notando que o vício surgiu por volta dos 16 anos, quando integrava o Ballet Gulbenkian.

"Era muito miúdo, abusava, comecei a ter uma vida um bocadinho incompatível com aquele trabalho", sublinha, referindo que a certo momento percebeu que já não poderia viver sem o químico.

Por fim, o artista deixou ainda um alerta em relação à dependência química que hoje se verifica em Portugal. O convidado defende que a toxicodependência se pode manifestar de diversas formas e não apenas nos casos extremos a que normalmente é associada.

Veja a conversa.

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