Os desportistas profissionais devem ou não abdicar do sexo durante as participações nas grandes provas? As opiniões dividem-se! Vera Ribeiro, psicóloga especialista em sexologia e autora do livro "Manual de sedução - Jogos sensuais, técnicas e tudo o que precisa para ter mais prazer", publicado pela Manuscrito Editora em fevereiro, é a favor. "O jogador de futebol não deve abster-se de ter relações sexuais antes dos jogos", defende.
No caso de estarem longe das companheiras, a masturbação pode ser uma solução, afirma a também mulher do guarda-redes Rui Patrício. "Os níveis de cortisol são mais controlados e [o jogador] tem melhores resultados no stresse e na ansiedade", assegura. "O que não é aconselhado a um atleta [é] ter relações sexuais duas horas antes da competição", esclareceu no programa de televisão da SIC "Dr. Saúde".
Paulo Futre, uma das estrelas do campeonato mundial de futebol da FIFA no México, em 1986, tem uma opinião diferente. "Resolver o problema dessa maneira é pior. O desgaste é maior. Não é bom para os jogadores", assegura em entrevista à TV Guia. Apesar de criticar a masturbação, a antiga estrela do Atlético de Madrid é apologista do sexo nas grandes provas, mas com conta, peso e medida, como faz questão de sublinhar.
"Não há sexo dois dias antes dos jogos. A partir daí, é uma questão de mentalização", diz. "Sempre fui a favor de que os jogadores não devem fugir dos hábitos assimilados, mesmo no plano sexual, nas provas com muitos dias. Porquê mudar? Se estão habituados...", considera. Em 1986, 15 dias depois de ter chegado ao México, arranjou uma namorada. "Nunca fui um santo mas considero ter sido um grande profissional", desabafa.
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