Na lista das várias reações de figuras públicas à morte de Sara Tavares surge também a de Júlio Isidro. O apresentador partilhou nas redes sociais uma fotografia de ambos e na legenda confessou sentir-se muito triste pela perda da cantora.
"Sara, para quê a biografia quando a última linha está escrita com ponto final", começou por escrever Júlio, que logo acrescentou: "Acabo de sair de um concerto notável de uma cantora que venceu um concurso de talentos no Reino Unido a interpretar Whitney Houston. Abro o telemóvel e leio a notícia; 'Sara Tavares, a menina que cantou Whitney num concurso de talentos em Portugal, tinha acenado um adeus definitivo'. O que é isto, senão as teias do destino a cruzarem-se numa concidência perturbadora. Os que chegam, os que estão e os que partem, no mesmo dia em que o sol nasceu e se pôs, indiferente a estes e todos os momentos das nossas vidas. Se a vida continua, a morte também. Com emoção, fixo-me apenas na Sara com quem me cruzei profissionalmente e o rasto de personalidade que me marcou. A biografia? Os concursos, os Festivais, os prémios, são apenas referências para dizermos quem foi a Sara. Está tudo impresso até a poeira do tempo apagar. Trocava tudo para poder dizer o que a Sara é, e vai ser, mas a viagem que iniciou hoje não tem regresso".
O apresentador deixou também vários elogios à artista, que caracterizou como tendo "uns olhos grandes, um sorriso claro mas tímido, uma forma discreta de se mover na vida, deixando para os outros a valorização do que melhor sabia fazer, cantar e amar ou pela ordem inversa".
Por fim, Júlio Isidro fez o seguinte desabafo: "Cansado desta inevitabilidade de escrever obituários, tristemente românticos. Mas quem parte merece sempre mais amor".
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