Judd entrou com uma ação contra Weinstein, alegando que o produtor “arruinou” a sua carreira depois de ter recusado ter relações sexuais consigo, culpando-o ainda de ter destruído as hipóteses que tinha para conseguir um papel em ‘O Senhor dos Anéis’.

De acordo com os documentos que a CNN teve acesso, Harvey Weinstein pediu a suspensão do processo de difamação de Ashley Judd contra si.

Weinstein relata que tinha um ‘pacto’ com a atriz, explicando que esta deixaria que o produtor lhe tocasse em troca de um Óscar.

Por sua vez, o advogado de Judd, Theodore Boutrous, afirma que os argumentos de Harvey são “ofensivos” e “ infundados”.

"Os argumentos de Weinstein procuram fugir das consequências da sua conduta desprezível e não carecem apenas de fundamento, mas também ofensivos", disse Theodore Boutrous num comunicado enviado à ABC News.

Logo após as primeiras alegações contra o produtor terem sido publicadas no The New York Times, Judd disse em entrevista à ABC que Weinstein a convidou para uma reunião no seu quarto de hotel, em 1997, e que tentou por diversas vezes pressioná-la a ter relações sexuais. Na altura, para conseguir que ele a deixasse ir embora, a atriz terá feito uma ‘proposta’: “Quando eu ganhar um Óscar por um dos seus filmes, ok?”.

A atriz alegou que foi colocada na lista negra de Weinstein após o incidente e que isso afetou a sua carreira. Em resposta às declarações, o produtor diz que as “as alegações de que ela teria sido uma estrela maior se tivesse sido escalada para os filmes são totalmente especulativas”.

No documento original, Judd acusou Weinstein de "retaliar" depois de o ter recusado. A estrela de Hollywood está a reivindicar uma indemnização e uma ordem para impedir que Weinstein "se envolva em mais conduta de retaliação contra si".