Uma imagem da actriz Carol Castro, nua, segurando um terço nas mãos, está a provocar uma pequena tempestade em meios católicos do outro lado do Atlântico.
O padre Juarez de Castro, porta-voz da arquidiocese de S. Paulo, fez-se eco da indignação da hierarquia da Igreja Católica: "Isso é um desrespeito para com a fé de todo um povo", disse ele à coluna "Extra" do "Globo Online".
A actriz, que aceitou despir-se no cenário de Salvador da Baía para a edição do 33º aniversário da revista brasileira "Playboy", diz que adorou o ensaio fotográfico e defende-se com candura: "Tive formação católica e fiz primeira comunhão. Peço desculpas se ofendi qualquer pessoa!"
Eson Aran, editor-chefe da "Playboy", garante que o uso do terço não foi um artifício para causar polémica: "No ensaio inteiro, Carol interpreta personagens de Jorge Amado. Na foto em causa, ela faz de Dona Flor, uma menina católica que se casa virgem. Ela tem essa contradição entre a fé e a sensualidade. Essa foto é a da Flor viúva, chorando pela morte do marido, Vadinho. Quero muito que as pessoas gostem e levem a coisa para o lado artístico".
Carol Castro está neste momento nos palcos do Rio de Janeiro com a peça de teatro "Dona Flor e Seus Dois Maridos", obra de Jorge Amado, e foi esse facto que inspirou o fotógrafo Bob Wolfenson. Levou a actriz para Salvador e fotografou-a em poses que fazem lembrar algumas das mais famosas personagens do escritor luso-brasileiro, incluindo a cena de Gabriela, muito sensual, em cima do telhado de um antigo casarão da capital baiana.
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