Eduardo Madeira não ficou indiferente ao tema do momento: O discurso de Greta Thunberg durante na Cimeira da Acção Climática, que aconteceu na passada segunda-feira, em Nova Iorque.

"Vocês roubaram os meus sonhos e a minha infância com as vossas palavras vazias. E, no entanto, eu sou uma das sortudas. Há pessoas a sofrer. Há pessoas a morrer. Ecossistemas inteiros estão a desintegrar-se. Estamos no início de uma extinção em massa. E vocês só falam em dinheiro e contos de fadas de crescimento económico eterno. Como se atrevem?", foram as palavras ecoaram e que tanta controvérsia causaram.

O facto da jovem sueca, de 16 anos, ter Síndrome de Asperger dividiu opiniões sobre a forma emotiva com que abordou o tema.

Com isto, Eduardo Madeira não conseguiu ficar indiferente e recorreu às redes sociais para se manifestar quanto à onda de críticas a Greta.

"Greta tem Síndrome de Asperger. Uma condição do espectro do autismo que afecta as capacidades de comunicação e relacionamento. Greta meteu o Mundo a falar de algo importante. Mas o que vejo é as pessoas a odiar a miúda com todas as forças, a dedicar-lhe insultos indiscritíveis só por falar de forma esquisita. É uma miúda porra! Sou antes de tudo um pai e um homem. Não posso aceitar", começou por escrever.

"Fala de uma forma diferente? Parece agressiva? Soa a falsa? Talvez. Talvez seja por ser asperga, talvez não. Mas não anda a tentar imitar as Kardashian, a pedir bilhetes para o Justin Bieber, ou chorar porque não tem o último I-Phone. Tem causas, se me permitem, mais elevadas. Se a motivação é nobre ou interesseira, não sei, não sou bruxo. Preferia que fosse nobre", continuou.

Por fim, Eduardo frisou que teria muito orgulho em que a jovem fosse sua filha pelos valores e ideoligas que defende em tão tenra idade.

"Era um orgulho. Mas peço a todos, mesmo que não gostem dela, não concordem, mesmo que não defendam uma solução idêntica para o problema, que não a insultem só porque é moda. Se não concordam, então defendam a vossa visão das coisas. Podem e devem fazê-lo. Até porque essa discussão é fundamental. Chamem-me optimista mas acho que podemos fazer qualquer coisa. Tem é de ser para ontem", rematou.

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