A vida dá muitas voltas e que o diga César Mourão. Numa conversa com o humorista brasileiro Fábio Porchat, o comediante contou uma história que se passou em 2001, ano em que foi passar férias com a namorada na altura.

Este conta que quando comprou a viagem lhe garantiram que o seu cartão bancário funcionaria na ilha, algo que acabou por não acontecer.

"De manhã acordei e disse para a minha namorada: 'olha, o melhor é irmos agora ao banco logo de manhã, antes do almoço, levantamos dinheiro para depois pagar o hotel, pagar o carro...", recorda.

Quando lá chegou, ao banco de Cabo Verde, é que César Mourão percebeu que o cartão não funcionava. "Acontece muitas vezes com italianos e portugueses", disseram-lhe.

"Falaram com o Banco de Portugal, nem sabiam quem eu era, uma série de burocracias", descreve, notando que ligou para o seu banco com as únicas moedas que tinha, mas que não lhe resolveram o problema.

Foi então que se lembrou que tinha um cheque que o seu agente lhe tinha passado. Deslocou-se novamente até ao banco para o trocar por dinheiro, contudo, a assinatura não era reconhecida.

Vendo-se sem dinheiro, César diz que viu um senegalês com uma viola à porta de uma igreja e que pensou pedir emprestada para pedir dinheiro às pessoas na rua. "Sento-me ao lado de um senegalês e ele pergunta-me se quero comprar alguma coisa. 'Eu estou com menos dinheiro que tu, nesta altura'", relata, deixando o público a rir.

Foi então que viu o senhor a quem tinha alugado um carro, que se apercebeu da situação e que o apresentou ao dono de um restaurante. Esse dono viria a trocar o cheque por dinheiro.

O melhor desta história é que foi precisamente este dono de restaurante que viria a "salvar a vida" a César Mourão, pela segunda vez, 20 anos depois.

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