Prestes a completar 68 anos (no dia 24 de Março), o antigo apresentador e produtor de TV, Carlos Cruz, a quem já apelidaram de "Senhor Televisão" e "Senhor 5º Canal", fez "marcha-atrás" na alegada intenção de avançar com um "acordo" que terá celebrado com jornalistas do canal de Queluz de Baixo, que o acusaram de difamação.
O arguido Cruz retirou o pedido de desculpas, rejeitando a tese de que terá sido obrigado a tal para que o caso não chegasse à barra do tribunal.
O suposto acordo, recorde-se, envolvia nomes de profissionais de TV como José Eduardo Moniz, Manuela Moura Guedes e Alexandra Borges.
Na última sexta-feira, dia em que o lendário televisivo, revelado no mítico programa "Zip-Zip", ao lado de José Fialho Gouveia e Raul Solnado, seria julgado pela acusação de difamação - pelos jornalistas da TVI - devido a polémicas afirmações que faz no seu livro sobre a alegada rede de pedofilia na Casa Pia de Lisboa, Carlos Cruz garante ter sido abordado pelo advogado dos queixosos com vista a celebrar um "acordo".
O pedido inicial de indemnização rondava os 400 mil euros e, segundo notícias entretanto vindas a lume, o antigo rosto do concurso "1,2,3" teria sido forçado a retractar-se e a pagar uma indemnização mais simpática, no valor de 21 mil euros.
Só que Cruz alega que a proposta de acordo não partiu dele e está, mesmo, disposto a ser julgado num processo que se arrasta há já cinco anos.
"Vamos para julgamento mesmo que eu seja condenado. É pela minha dignidade que eu tomo esta atitude, porque a minha dignidade não esteve, não está, nem nunca estará à venda", afirmou Carlos Cruz à agência Lusa.
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