Cláudio Ramos decidiu assinalar o Dia Mundial da Televisão de forma especial. O apresentador partilhou nas suas redes sociais um longo desabafo onde recorda o seu percurso até tornar-se um dos nomes mais mediáticos da televisão portuguesa.

"A televisão. Deu-me tanto mas abdiquei de muito. Valeu-me a pena, porque é ainda a minha paixão, o meu pulsar", garante.

"Quando me mudei para a TVI, o Goucha disse-me ‘ainda tens, passados estes anos todos, o brilho nos olhos de quem começa’. Verdade! Entrego-me por inteiro e pago um preço alto por isso", reflete, seguro de que não agrada a todos mas garantindo que não é essa a sua intenção.

"Basta-me agradar aos que olham para a televisão como um gesto de amor, para aqueles que a entendem e a desfrutam. Televisão é amor e não arma de arremesso. É assim que a vejo", diz.

Às suas palavras, Cláudio Ramos juntou um vídeo que recorda a sua primeira aparição na televisão. O agora apresentador estreou-se como ator na série da RTP1 ‘Uma casa em fanicos’, "pela mão de Nicolau Breyner".

"Sempre achei que o importante era fazer bem. Continuo a achar o mesmo! Em 1998, era um carteiro que dizia pouco e às vezes nada. Fazia 400 km para gravar isto. Esperava horas. Ganhava 4 contos (vinte euros). Os meus amigos não entendiam porque fazia aquilo. Diziam que era absurdo, que gastava muito mais do que ganhava e que nunca ia passar do mesmo. Confesso que tive dias em que quase lhes dei razão. Tive outros em que enfrentei as coisas como se fosse um touro. Fui indo. Fui procurando espaço", conta, garantindo que "desistir não seria opção, porque na primeira quebra podia ficar sem sonho".

"Também tive duas ou três pessoas que, mesmo duvidando, apoiaram sempre. E foi muito importante. Vim sempre que me chamaram fazer o que havia, e às vezes o que havia era ‘quase nada’… Valeu-me a pena. Está à vista de todos que, quando se acredita mesmo, quando se está convencido que é o caminho, vale a pena", continua.

"Obrigado à Vida, por me ter feito perceber que a televisão não é um electrodoméstico. A televisão, quando bem feita, respeitada, honrada, apreciada é o coração de muitas casas. Eu vejo-a assim há muitos anos. Não é de agora", afiança ainda, lembrando por fim uma das suas recentes conquistas: a apresentação do 'Big Brother'.

"Tenham hoje uma noite bonita, porque nas voltas da vida o menino que foi carteiro apresenta logo à noite um dos maiores programas de televisão do mundo ao lado de um dos melhores apresentadores que Portugal tem na história da televisão", termina, referindo-se ao seu companheiro televisivo de domingos à noite - Manuel Luís Goucha.

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