
Esta quarta-feira, dia 30, o rei Carlos III e a rainha Camilla marcaram presença num evento especial de apoio a várias causas ligadas ao cancro.
Durante a receção, o monarca fez um emocionante discurso no qual refletiu sobre o seu próprio caminho de luta contra a doença, com a qual foi diagnosticado em fevereiro de 2024.
"A minha mulher e eu estamos encantados por vos receber nesta tarde para celebrar e, acima de tudo, agradecer a todos que, de forma altruísta, ofereceram cuidados e conforto a 390 mil pessoas que, infelizmente, recebem o diagnóstico de cancro no Reino Unido todos os anos. Isso são mais de 1000 casos por dia", lamentou.
"Cada diagnóstico, cada novo caso, será uma experiência assombrosa e por vezes assustadora para essas pessoas e os seus entes queridos. Mas, fazendo eu parte das estatísticas, posso garantir que também pode ser uma experiência que coloca em foco o melhor da humanidade", defendeu.
"Sem dúvida que me levou a apreciar ainda mais o extraordinário trabalho levado a cabo por organizações notáveis e indivíduos que se reúnem aqui nesta tarde, muitos que conheci visitei e apoiei ao longo dos anos. E isso reforçou o que tenho observado há muito tempo durante essas visitas: que os momentos mais sombrios da doença podem ser iluminados pela compaixão", realça.
"O que nos impressiona constantemente é o profundo impacto da conexão humana — seja na explicação cuidadosa de uma enfermeira especialista, na mão que um voluntário de hospital segura ou na experiência partilhada num grupo de apoio", sublinhou, evidenciando a importância da comunidade.
No final do discurso, o soberano deixou ainda a seguinte mensagem: "E para aqueles que podem vir a receber notícias tão perturbadoras hoje, amanhã ou em qualquer momento no futuro, só posso ecoar as palavras de despedida da falecida Dame Deborah James, cujos pais estou feliz de ter connosco aqui esta noite, e cujo exemplo é uma inspiração para todos nós, na saúde e na doença: 'Encontrem uma vida que valha a pena aproveitar; corram riscos; amem profundamente; não se arrependam; e sempre, sempre tenham uma esperança rebelde.'"
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