Ângelo Rodrigues volta, nas próximas semanas, a ser operado no Hospital Garcia de Orta, em Almada, onde está internado desde o passado dia 22 de agosto, na sequência de uma sepsis. "A segunda e última intervenção [cirúrgica] está prevista para o início de outubro, seguindo-se fisioterapia já fora da unidade hospitalar", informou a Glam, a agência do ator e cantor de 32 anos, que já se encontra fora de perigo, em comunicado.

Nos últimos dias, o artista terminou os tratamentos em câmara hiperbárica a que foi submetido no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, para travar a necrose de tecidos causada pela infeção generalizada provocada pela infiltração de substâncias anabolizantes, adquiridas no Brasil, que chegou a obrigar os médicos que o acompanham a ponderar amputar-lhe a perna esquerda na fase mais complicada do processo.

Ângelo Rodrigues continua com prognóstico reservado. "Se ele sobreviver, não vai gostar do que vai ver"
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Em declarações à edição desta semana da revista TV Guia, o conceituado cirurgião plástico Biscaia Fraga, convidado a comentar publicamente o caso, avança que o plano de reconstrução do membro pode demorar até seis meses e que o resultado final pode não ser do agrado de Ângelo Rodrigues. "Não é possível voltar à origem primitiva", adverte o especialista. "A primeira etapa é reconstruir. A segunda é aperfeiçoar. Mas torna-se difícil voltar áquilo que era. Há cicatrizes obrigatórias e pode disfarçar-se mas é quase impossível apagá-las", esclarece o ex-diretor do Serviço de Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Maxilo-Facial do Hospital Egas Moniz, em Lisboa.

Ângelo Rodrigues, nascido no Porto, a 9 de setembro de 1987, estreou-se na televisão portuguesa com a telenovela "Doce fugitiva", exibida pela TVI entre outubro de 2006 e setembro de 2007 e reexibida entre fevereiro de 2013 e junho de 2014, mas foi na quinta temporada da série "Morangos com açúcar" que ganhou mediatismo. As viagens são, a par da música e da representação, outra das suas grandes paixões.