Ser a imagem de marca da Calvin Klein em Portugal é um grande desafio?
É
brutal. Só tenho que agradecer o voto de confiança. Nunca me passou
pela cabeça ser a imagem da Calvin Klein em Portugal, mas eles lá devem
ter os seus motivos e eu só tenho que agradecer com um sorriso no rosto.
Quais foram as exigências da marca?
Eles apenas disseram: "Angélico, é preciso uma imagem sóbria e o mais simples possível. Sê tu mesmo!".
Há perspectivas de vir a conhecer o próprio Clavin Klein e fazer uma carreira internacional?
Vou ser muito sincero. Para mim, nunca foi um objectivo entrar no mundo
da moda e fazer grandes desfiles. No início, foi uma forma de pagar a
Faculdade e poder continuar os estudos, ao mesmo tempo que me dava
algum dinheiro. Nunca tive grandes ambições de ir para fora e fazer
grandes campanhas. A minha paixão sempre foi a música e mais tarde
descobri o "bichinho" da representação. Mas, nesta altura, tudo o que
vier é bem-vindo.
No desfile de apresentação da colecção da Calvin Klein, estavam na
plateia pessoas muito especiais. Primos, amigos... Dá-lhe confiança
tê-los perto de si?

A confiança deve estar contigo, independentemente de quem está do outro
lado do palco ou da passerelle. Acho que todas as pessoas devem ter
auto-confiança, de uma forma saudável e humilde, para não serem
menosprezados ou inferiorizados por quem quer que seja. Ninguém é mais
que ninguém. Mas é obvio que fico com um sorriso no rosto por saber que
as pessoas de quem gosto estão ali a apoiar-me. É sinal de que o
carinho é recíproco.
E estava presente alguma amiga especial?
Quando se tem amigas, elas são sempre especiais. A palavra ‘amiga', já
por si, é especial. Se assim não fosse, não seriam amigas, seria
conhecidas.
A Ana Sofia é amiga especial ou uma conhecida?
É uma grande amiga (risos).
O seu coração pende mais para a música, para a representação ou para a moda?
Isso é o mesmo que perguntar a uma mãe com três filhos de qual gosta
mais. Ela dirá com certeza que ama os três. Eu respondo da mesma forma.
Mas, de facto, a música está constantemente comigo. Eu acordo com
vontade de cantar e deito-me com vontade de cantar. A moda e a
representação são trabalhos esporádicos.
Mas ganha mais dinheiro com a moda?
Não. Sem querer entrar em números, talvez ganhe mais dinheiro na
música. Se se for um cantor de sucesso, a música não tem comparação com
qualquer das outras áreas. Dá um retorno maior.
E por falar em música: vai gravar o próximo "videoclip" com Jaciara, ex-mulher de Deco. Já começaram as gravações?
Têm início no dia 6 de Maio. O ‘videoclip' ai ser gravado no Porto e em
Coimbra e a história é muito bonita. Está a ser preparado com muito
carinho e estou por dentro de toda a produção, dos ‘storyboards' à
escolha dos locais.
Porquê Jaciara? Já se conheciam?
Não. Mas escolhi a Jaciara porque tem uma imagem que vai ao encontro
daquilo que queria para este trabalho. Estou muito contente por ela ter
aceite o convite e acho que o resultado vai ser muito positivo.
"VIVI MOMENTOS FANTÁSTICOS COM A RITA"
Um dia... (risos)
Estamos todos ansiosos por conhecer a próxima namorada do Angélico...
Um dia... (risos)
Mas existe uma namorada?
Namorada? Não. Mas deixem-me ser eu a escolher (risos). Gosto muito de
namorar, eu assumo isso. Não sou nenhum boneco, nem nenhum ser
insensível. Sou novo, estamos nesta vida de passagem e não adianta
estar preso em casa e não olhar o que se passa à volta. Mas o que for,
será. Não faz parte da minha agenda. Estou a viver a vida... a respirar.
Prefere loiras ou morenas?
Não tenho nenhum estereótipo de mulher definido. Existem mulheres muito
bonitas ruivas, loiras ou morenas. A mulher, por si, já é um ser muito
bonito. Toda a gente é bonita, aos olhos dos outros. Em relação ao
interior, interessa-me uma pessoa que queira partilhar, que me dê valor
e que me trate bem. Que não faça nada de errado para me magoar. Acima
de tudo, que seja uma boa companheira com quem possa partilhar aquilo
que tenho conquistado e o que ainda tenho para conquistar.
Como define esta fase da sua vida?
Sem querer pegar em frases feitas, eu diria que "depois da tempestade
vem a bonança". Espero que isto se prolongue por muito tempo.
Como assim?
Realmente, é o que está acontecer comigo. Estou muito aplicado e
empenhado no meu trabalho. Estou a aproveitar para cuidar de mim.
Na relação com Rita Pereira, sentiu-se de alguma forma desvalorizado?
Não quero falar sobre a minha última relação. Eu vivi momentos
fantásticos com a Rita. Só quero guardar isso. Namorei com ela cinco
anos e ela foi uma pessoa muito importante e será para sempre
importante. Partilhei muitos anos da minha vida com ela e as memórias
que guardo são apenas as boas. É uma pessoa especial para mim.
Quais os segredos para manter este corpo?
Tenho sorte. A minha família é toda africana e nasci com a genética do
negro. Não preciso de trabalhar muito para ficar com este corpo. É
lógico que está trabalhado, mas é mais fácil para mim. Eu vejo isso com
os amigos que treinam comigo no ginásio. Eles matam-se a treinar e eu
vou lá duas a três vezes por semana.
Porque é que desperta tanto desejo nas mulheres?
Sinceramente, fico muito contente que isso aconteça. É uma massagem ao
Ego. Tento responder com simpatia, com humildade e sem vaidades
extremas. Tenho que dar graças a Deus e agradecer aos meus papás, que
trabalharam bem naquela noite (risos).
O facto de estar solteiro neste momento atrai mais o sexo oposto?
O que eu sinto é que não há barreiras. As pessoas pensam que não há qualquer impedimento em fazer uma aproximação.
Fica vaidoso quando as mulheres olham para si?
Sim, claro. Se dissesse que não, estaria a ser hipócrita. Fico contente
quando recebo um elogio, quando recebo um olhar simpático, isso faz-me
bem. E retribuo com simpatia e carinho.
E o trabalho não pára... Há concertos agendados?
Suíça, Luxemburgo, Algarve, Açores... Não vou parar. O objectivo é andar por aí a entreter as pessoas e proporcionar alegria.
E televisão?
Não é um objectivo a curto prazo. Não tenciono abandonar a
representação, mas neste Verão quero dedicar-me a 100 por cento à
música e aos concertos.
Então não vai ter férias?
Para já, nem pensar.