Pedro Crispim foi uma das celebridades a marcar presença na festa dos 20 anos do Canal História. Assumindo-se como um admirador de história e, consequentemente, dos conteúdos do canal, foi sobre a história recente da televisão que o stylist se debruçou numa relevante conversa com o Fama Ao Minuto.

Pedro Crispim colabora com o programa ‘Você na TV’, da TVI, há já alguns anos e, por isso, assistiu de perto à transferência de Cristina Ferreira para SIC. Uma mudança que considera necessária para mexer com a indústria.

“Nós passamos por várias fases e a vida é feita de altos e baixos. Acho que só isso é que nos faz mudar, crescer. Normalmente, precisamos de ficar desconfortáveis para mudar alguma coisa. Acho que esta mexida não mexeu só com um ou dois canais, mexeu com toda a televisão e, efetivamente, acho que o meio e a indústria da televisão, do audiovisual e também a imprensa precisavam desta mexida”, começou por dizer.

Atualmente, o stylist dá a cara por uma das rubricas de maior sucesso do programa das manhãs da TVI - ‘O Guru da moda’. O seu objetivo é neste espaço dar dicas de moda, aconselhar e ajudar os portugueses a melhorarem o seu estilo.

“O 'Guru da moda' está a correr muito bem. Vai ganhar outros tentáculos, por assim dizer. Agora, vou também à casa das pessoas ver o que se passa no seu closet e fazer algumas mudanças”, contou, entusiasmado com o conceito. “Acho que o ‘Você na TV’ cada vez é mais para as pessoas, as rubricas e os intervenientes são todos muito focados nas pessoas reais e nas questões sociais. Acho que o caminho é por aqui. Pode custar, mas tem de ser. O produto tem de ser para as pessoas. Eu estou feliz com esta mudança. Estou feliz porque muitas vezes nós precisamos de ficar incomodados para tomar decisões”, afirmou.

Tendo em conta o facto de fazer parte do programa ‘Você na TV’, que deixou de ser líder de audiências para passar a ocupar o segundo lugar atrás do programa de Cristina Ferreira, quisemos saber se Pedro Crispim sente no formato o alegado clima de instabilidade que algumas pessoas garantem dominar os bastidores da TVI.

“Não estou lá todos os dias e quando eu estou é muito 'toca e foge', porque como em qualquer trabalho eu não me envolvo demasiado com o projeto. Trabalho em várias frentes e não trabalho só na televisão.”, explicou.

“Esta guerra da televisão é algo em que não me meto, não quero ter nada a ver e acho que temos de focar a nossa energia em coisas produtivas. Quando as pessoas estão demasiado preocupadas com guerras não conseguem ver saídas”.

Mesmo sem se querer envolver em ‘guerras’, o stylist não se inibiu de dar a sua opinião sincera sobre o que poderá gerar a perda de audiências por parte da TVI. “Acho que é uma fase que vai passar como todas as fases da vida e vamos ver quando é que a coisa começa a harmonizar e a equilibrar. Que mudanças vão ser feitas para isso ter lugar não sei, mas acredito que venham por ai mudanças mais drásticas. A televisão também é feita de número, portanto deverão vir por aí outras mudanças. Isto sou eu a achar, não é porque estou lá dentro”, rematou.