De acordo com o jornal Daily Telegraph, Isabel II irá ajudar o seu terceiro filho, de 61 anos, a pagar 12 milhões de libras (14,3 milhões de euros) à vítima do bilionário pedófilo americano Jeffrey Epstein e à sua instituição de caridade.

Os termos financeiros do acordo confidencial não foram revelados. O documento do tribunal diz apenas que o duque de York "tem a intenção de fazer uma doação substancial à organização de Virginia Giuffre", criada no ano passado para ajudar vítimas de tráfico sexual.

O tabloide Daily Mirror afirma que o príncipe irá doar 2 milhões de libras (2,3 milhões de euros) à sua instituição de caridade e 10 milhões de libras (11,9 milhões de euros) a Virginia.

De acordo com a imprensa britânica, André poderá vender o seu luxuoso chalé suíço por 18 milhões de libras (21,4 milhões de euros). Este ainda teria de pagar, no entanto, uma dívida significativa pela aquisição, feita em 2014.

Outros jornais afirmam que o valor do acordo extrajudicial concluído nos Estados Unidos seria inferior: The Guardian cita mais de 7 milhões de libras (8,3 milhões de euros), sem incluir os "milionários" honorários dos advogados, e o Daily Mail menciona uma "humilhação de 10 milhões de libras" (11,9 milhões de euros).

Procurada pela AFP, uma porta-voz de André recusou-se a fazer comentários.

Com o acordo, o príncipe, que sempre negou as acusações, evita um julgamento civil nos Estados Unidos, especialmente embaraçoso para a família real britânica no ano em que Isabel II celebra os seus 70 anos de reinado.

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Para proteger a monarquia, André perdeu em janeiro as suas honras e títulos militares e não pode mais usar o título de Alteza Real.

O terceiro filho da rainha já havia sido obrigado a abandonar a vida pública após uma entrevista com péssima repercussão em 2019. Nela, não demonstrou arrependimento pela amizade com Epstein, ou a menor empatia pelas vítimas do empresário americano.