Lucas Lucco está de passagem por Lisboa para dias intensos de concertos, os primeiros em palcos portugueses. A estreia do cantor será esta quinta-feira, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Depois, ruma ao Norte do país para um espetáculo no Multiusos de Guimarães, no sábado.
Com uma das datas esgotadas e a enorme onda de carinho recebido do público português, o cantor revelou-se profundamente honrado por poder subir ao palco para "exteriorizar a felicidade de viajar mais de 10 horas e ter aqui pessoas que o querem ouvir".
Na véspera do primeiro primeiro concerto, conversou com o Fama Ao Minuto para nos confessar o quanto é apaixonado pelo nosso país e revelou-nos se o seu romantismo está ao nível das letras das suas canções.
É a primeira vez que vem a Portugal?
Já vim três vezes, mas esta é a primeira vez para fazer um show. Vim há quatro anos e meio para fazer a divulgação do meu trabalho, estava começando a minha carreira. Depois vim para poder participar na música com o Mickael Carreira.
Quais são as impressões que tem do nosso país?
Amo. Por mim, me dividiria fácil entre o Brasil e Portugal. Amo o clima, as pessoas, o tratamento das pessoas, das cidades. Cheguei a visitar Sintra que é um lugar incrível.
Quero expressar a minha gratidão pelo público português, exteriorizar essa felicidade de viajar mais de 10 horas e ter aqui pessoas que querem ouvir o meu trabalho
O que nos pode contar sobre estes espetáculos que vão marcar a sua estreia nos palcos portugueses?
São shows muito especiais em que eu quero expressar a minha gratidão pelo público português, exteriorizar essa felicidade de viajar mais de 10 horas e ter aqui pessoas que querem ouvir o meu trabalho. Vou trazer um repertório tanto com músicas mais antigas como com músicas mais atuais. No Brasil temos mais o hábito de fazer uma tournée com as músicas mais novas, então aqui vou ter oportunidade de fazer um show mais completo. E vou fazer a pré-estreia do meu show novo que vou estrear no Brasil no dia 30.
Sabe que tem muitos fãs em terras lusas…
Graças a Deus. Estou percebendo isso agora. O sucesso dos shows, pela venda de bilhetes, está-me parecendo incrível. Para mim isso é motivo de muita gratidão.
Quais as principais diferenças entre o público português e brasileiro?
Isso só vou conseguir sentir nos shows. Mas quando o artista se entrega verdadeiramente ao público há uma troca de energia real, há aquele sentimento de alegria, de poder estar em palco fazendo o que eu amo.
Não sinto nenhum peso de responsabilidade porque eu amo fazer isso, encaro com uma leveza muito grande. Encaro quase como uma brincadeira
À semelhança do ‘funk’, também o sertanejo está a ‘quebrar barreiras’ e a expandir-se para lá do Brasil. Sendo um dos nomes mais sonantes deste estilo musical, quais têm sido os maiores desafios?
Desafios são ótimos para a gente fazer diferente, fazer melhor. Não sinto nenhum peso de responsabilidade porque eu amo fazer isso, encaro com uma leveza muito grande. Encaro quase como uma brincadeira. Atravessar o oceano para vir cantar aqui é... incrível.
Um dos pontos altos da sua carreira foi o lançamento do escaldante videoclipe com Pabllo Vittar. Como lidou com esse ‘boom’?
Antes de conhecer o trabalho da Pabllo, eu já a conhecia porque vivíamos quase na mesma região. Era fã do trabalho dela. Depois de a gente fazer essa música foi a concretização de uma colaboração que eu queria muito fazer. A Pabllo é uma grande artista. Para mim foi um dos videoclipes mais bonitos que já fiz. Foi incrível, um marco na minha carreira.
A singularidade de um artista também se prende com o facto de ir contra o que é politicamente correto?
Nem é contra o politicamente correto. Sempre gostei de renovar o meu trabalho e nada melhor do que colaborações, isso faz parte do inesperado.
Um homem tem de ter romantismo, mas acho que as mulheres não gostam de um homem extremamente romântico. Acho que tudo o que é demais, cansa
Os temas de sertanejo são sobretudo acerca do amor e sofrimento. Na vida real, o Lucas Lucco é um homem romântico?
Não vou dizer que sou tão romântico como as minhas músicas porque elas são muito românticas mesmo. Mas sou uma mistura dos dois. Um homem tem de ter romantismo, mas acho que as mulheres não gostam de um homem extremamente romântico. Acho que tudo o que é demais, cansa.
Sente que chega mais facilmente ao coração dos fãs através das letras das suas canções?
Exatamente. Por exemplo, o meu último lançamento, o tema ‘Aham’, teve muito sucesso porque é uma balada romântica. Tenho essa oportunidade de ser versátil. O público espera tudo de mim.
Como referiu, em outubro do ano passado lançou a canção ‘Deixa Que Eu Vou’ com Mickael Carreira. Como foi essa experiência?
Conheci o Mickael há quatro anos e meio, foi o primeiro artista português que conheci. Depois de três anos ele encontrou uma música, a ‘Deixa Que Eu Vou’, e resolveu me chamar. E eu vim, para mim foi uma honra. O videoclipe ficou muito legal.
Gostaria de fazer mais duetos com outros artistas portugueses?
Acompanho o trabalho da Áurea, acho muito bonito. Tem alguns artistas portugueses que eu ouço no Spotify e pode ser que volte para algumas participações.
Depois desta experiência, tenciona regressar a Portugal em breve?
Com certeza. Assim que me chamarem, estou de volta.
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