"Está brutal, estou sem palavras." Matilde Reymão não podia estar mais feliz com os primeiros resultados das gravações da novela 'A Protegida', que vai chegar à TVI na próxima segunda-feira, dia 17 de fevereiro.

No dia de lançamento da trama, na quinta-feira, dia 13 de fevereiro, em Lisboa, a atriz conversou com os jornalistas depois de terem sido exibidas imagens que a deixaram maravilhada.

Sobre a sua personagem, Mariana, destacou que "é uma protagonista moderna".

"Esta novela tem muito esta dualidade do amor, proteção… É uma personagem que luta muito por aquilo em que acredita, não se deixou estar. Vem de uma família tradicional mas há algo nela que diz 'basta'. E esta questão da proteção não é só o ser protegido. É protegida porque é vista como um elo forte que não se cala com as coisas que estão a acontecer, mas vai também proteger. Ela sai do meio da família e abre um restaurante onde quem lá trabalha são só mulheres vítimas de violência", detalhou.

"A violência que a faz ir embora e abandonar porque ela não tolera, e abre um sítio que acolhe essas pessoas", reforçou. "É uma personagem que vem tocar em muitas feridas e despertar vidas", acredita.

Questionada sobre o facto de ser, pela segunda vez em menos de um ano, protagonista de uma nova novela da TVI, tendo estado até há pouco tempo no ar em 'Cacau', Matilde Reymão confessou:

"É uma grande responsabilidade, mas foi aquilo que escolhi. Calhou ser a protagonista, mas a forma como encaro cada trabalho é sempre a mesma. Sou muito trabalhadora e focada… Mesmo as coisas que exigem menos tempo de preparação, gosto de ler e reler… Claro que é o reconhecimento do meu trabalho, as pessoas gostaram daquilo que fiz e deram-me este voto de confiança, e agarrei-o com todas as minhas forças. Consegui criar uma protagonista completamente diferente da anterior. Espero que as pessoas gostem desta personagem, e vão encontrar muitos pontos onde se identificam com ela."

A atriz garante que este papel é "completamente diferente de Cacau". "Uma história completamente diferente com muitas coisas em que eu, Matilde, acredito e acho importantes serem faladas", realçou, frisando que se sente "muito feliz" neste novo projeto.

"Já tinha dito algumas vezes que adorava um dia fazer alguma coisa relacionada com violência doméstica porque é uma causa que me toca muito. Foi-me entregue esta personagem que, no fundo, o experiência, que vê a mãe a ser completamente manipulada sem se aperceber. Acho muito importante contarmos estas histórias. É complemente necessário porque são várias histórias, várias ocasiões em que é vista esta violência e como as mulheres se podem sujeitar a isso sem sequer se aperceberem, às vezes", comentou.

"É uma história que vai buscar várias zonas que espero poder despertar e proteger. O amor protege", afirmou ainda. "Tantas vezes olhámos à nossa volta e vemos a acontecer. Esta personagem também é um mote para as pessoas se mexerem, quererem efetivamente acabar com a violência que exista e mudar de rumo, não ter medo das represálias, não ter medo de sair da sua zona de conforto, do seu ninho, da sua casa."

"Para além de falar na violência doméstica, o amor protege. Que nunca falte isso, que nunca falte o cuidado pelo próximo, que nunca falte a coragem de fazer a diferença", fez também questão de destacar.

Nesta trama, a atriz contracena com Alexandra Lencastre, que interpreta a mãe da sua personagem. "Maravilhoso, é uma escola. E a Maria do Céu como avó... Tive, mais uma vez, muita sorte neste elenco. Mas contracenar com a Alexandra, agora tão de perto, é muito enriquecedor para mim, o meu trabalho, para a minha construção enquanto atriz. Aprendo muita coisa com ela, somos grandes cúmplices e acho que temos uma grande química. Acho que podíamos mesmo ser mãe e filha", revelou.

E a sua personagem está muito ligada ao papel Pedro Sousa. "Tem sido maravilhosa também. O Pedro é o meu, da Mariana [sua personagem], braço direito. Passamos muito tempo juntos e, assim como a Alexandra, criamos uma cumplicidade muito bonita, necessária para esta história, para contar o amor que estas personagens têm uma pela outra desde pequeninos."

A nova personagem de Matilde tem dotes culinários, e na vida real a atriz também, diz, "tem jeito para a cozinha". "Não sou uma 'pro' com facas, tenho um bocadinho de medo, mas acho que sou uma boa cozinheira. Pelo menos lá em casa dizem que faço coisas muito boas. Sou muito boa em pequenos-almoços – sei que é uma coisa fácil de fazer. Gosto de fazer pratos com vegetais, vegetarianos… Sou muito boa a misturar especiarias - em criar sabores diferentes", partilhou.

Entre 'Cacau' e agora 'A Protegida', Matilde Reymão esteve 'parada' durante cerca de cinco meses e contou o que fez nesse período. A atriz tirou um tempo para descansar, para estar em família, e esteve em Londres, em julho do ano passado, a tirar um curso.

Noiva de Nic von Rupp desde o verão do ano passado, Matilde Reymão foi questionada sobre o casamento, mas rapidamente afirmou que agora está focada neste novo projeto. "Deixo o resto das coisas um bocadinho em 'standby'. Dedico-me inteiramente aos meus projetos quando os faço. Estou muito n'A Protegida', mas estou muito feliz. E estou com um ar descansado, tranquila."

A estreia na nova novela acontece no dia em que a atriz completa 25 anos, na segunda-feira, dia 17 de fevereiro, e também falou dos seus planos para o aniversário, que será um dia de folga. Matilde Reymão vai desfrutar de um fim de semana na Disney.

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Descrição da personagem de Matilde Reymão, Mariana Vilalobos, em 'A Protegida':

"É corajosa e teve uma vida privilegiada, mas com uma superproteção até ao momento em que o pai, Carlos, morre. Tempos depois, a mãe assume uma relação com Jorge, um homem de quem se tornou, emocionalmente, dependente. Vê nesta relação o reflexo da dependência e toxicidade que rejeita no amor. Não confia nos homens e acredita que o amor é uma fraqueza, isto devido ao trauma causado pela suspeita de que José Diogo [personagem de Pedro Sousa] tenha matado o seu pai. Nunca se envolveu, sexualmente, com um homem, mas mantém intactas a enorme alegria e positivismo que sempre a caracterizaram, apesar das adversidades da vida. A maior prova disso é a sua gratidão em relação ao que a vida dá: o prazer de cozinhar, de viver intensamente. É uma defensora da igualdade, uma feminista. Na fábrica da família, estes são os pilares essenciais: não existe desigualdade de género ou identidade. Foi criada em liberdade em Vale do Rio, Elvas, uma planície alentejana. É despachada, um furacão. Como consequência, está habituada a decidir tudo sozinha e a não escutar mais ninguém. Por ser um espírito livre, vai impor muitas dificuldades ao trabalho de guarda-costas de José Diogo. Vai tentar driblar o amor que sente por ele, quando perceber que este não é um sentimento que ficou arrumado no passado."