Os seus filhos não gostam de museus? Mas, se calhar, podem achar piada a locais históricos. A ideia de que a história é chata nem lhes irá passar pela cabeça durante as visitas, até porque in loco tudo parece mais interessante. Grande parte dos espaços que lhe sugerimos de seguida já dispõe de centros educativos que, sem esquecer os gostos e as preferências dos grandes, preparam visitas e atividades à medida dos mais pequenos.
Fale-lhes da fundação do país nos castelo de Guimarães e no de São Jorge, aborde as descobertas na Fortaleza de Sagres ou no Padrão dos Descobrimentos ou explique-lhes a grandiosidade da arquitetura nacional no Convento de Cristo, da vida palaciana no Palácio da Pena e do teatro no Teatro Nacional D. Maria II. Por fim, há, entre outros, um lugar obrigatório, o Portugal dos Pequenitos.
Além de reunir réplicas de vários monumentos, está construído à escala dos mais novos, que deliram com o que lá encontram. Se anda sem ideias, aproveite as nossas para (re)visitar espaços que perduram na memória à medida que os anos vão passando. Na sua e na dos seus filhos!
1. Castelo de Guimarães
Reza a lenda que foi aqui, no Monte Latito, em Guimarães, que Portugal foi fundado pela mão e armas de D. Afonso Henriques, que terá nascido aqui mesmo. É um dos monumentos que melhor representam a época medieval em Portugal e, como tal, merece uma visita demorada e, durante a qual, os mais pequenos podem virar reis e rainhas e partir à descoberta do castelo e do Paço dos Duques de Bragança através de um jogo de pistas.
2. Castelo de São Jorge
Situado em Lisboa, o Castelo de São Jorge foi construído no século XI e com a chegada de D. Afonso Henriques a Lisboa, tornou-se num ponto estratégico para a reconquista cristã. Além disso, foi a casa das várias famílias reais até ao século XVI. O serviço educativo deste espaço promove regularmente visitas orientadas ao castelo, enquanto se observam os pontos mais importantes da cidade.
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3. Padrão dos Descobrimentos
Não é difícil atrair os mais pequenos para este monumento situado na Avenida Brasília, em Lisboa, a começar pela sua arquitetura a fazer lembrar as caravelas portuguesas. Lá dentro, as famílias têm jogos e ateliês que dão a conhecer a época áurea dos descobrimentos de forma divertida. Quando saírem, pode dar uma lição de geografia junto da Rosa dos Ventos e do mapa-múndi, desenhados no chão.
4. Fortaleza de Sagres
É outro dos monumentos que está associado aos descobrimentos portugueses e ao infante D. Henrique. Segundo reza a história, o infante fez deste local um ponto de encontro de marinheiros e cientistas que ali desenharam novos mapas, desenvolveram métodos de navegação e adaptaram os barcos para as grandes viagens.
Além da carga histórica, este monumento está localizado em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, conhecido pela biodiversidade de fauna e flora. Uma oportunidade para sentir a brisa marítima enquanto se observa o oceano Atlântico, onde navegaram as caravelas que deram fama e prosperidade ao país há mais de 500 anos.
5. Palácio da Pena
Situado em Sintra, este é um verdadeiro palácio dos contos de fadas português, pelas cores usadas e pela arquitetura, que associa o estilo manuelino ao mourisco. Foi mandado construir por D. Fernando de Saxe-Coburgo Gotha, rei consorte de D. Maria II e está inserido num parque de uma natureza exuberante. Além da visita guiada, que vale a pena, os mais pequenos poderão participar numa caça ao tesouro real no parque.
6. Convento de Cristo
O Castelo Templário de Tomar e o Convento de Cristo são Património da Humanidade, uma distinção atribuída pela UNESCO. São o local ideal para que os seus filhos conheçam um pouco melhor a arquitetura nacional, porque num único espaço encontrarão exemplos dos vários estilos arquitetónicos portugueses, como é o caso do manuelino, do gótico, do românico, do renascentista, do joanino e do barroco.
Além disso, os jardins são espaços privilegiados para as brincadeiras dos mais novos. Se conseguir reunir um grupo de 20 pessoas, poderá marcar uma visita temática. Uma oportunidade única para deambular pelo espaço, antes de sair para ir conhecer a cidade. Banhada pelo rio Nabão, tem um jardim que vale a pena conhecer.
Veja na página seguinte: Teatros, castelos e museus para (re)visitar
7. Teatro Nacional D. Maria II
Situado na Praça D. Pedro IV em Lisboa, este é mais um espaço que merece uma visita em família. As visitas guiadas desvendam o teatro a pequenos e graúdos, que assim terão oportunidade de visitar não só as salas de espetáculo, como os camarins, o ateliê de figurinos e adereços e as zonas técnicas. Um sonho para qualquer criança que goste de representar, ainda para mais num teatro com a carga histórica deste, que tem sido palco para a encenação de grandes obras nacionais e internacionais.
8. Portugal dos Pequenitos
Situado no Rossio de Santa Clara, em Coimbra, este é um local mágico para os mais pequenos, pois foi construído à sua medida. Há réplicas de vários monumentos de Portugal, casas típicas das várias regiões do País e até exemplos de monumentos portugueses nas ex-colónias, junto dos quais não faltam sequer exemplos da vegetação de países como Brasil, Macau, Índia e Timor. A entrada é livre para crianças até aos dois anos.
9. PO.RO.S - Museu Portugal Romano em Sicó
Localizado em Condeixa-a-Nova, nos arredores de Coimbra, o PO.RO.S - Museu Portugal Romano em Sicó, inaugurado oficialmente no dia 6 de maio de 2017, é a nova atração da cidade. Um espaço museológico interativo e tecnológico, «atrativo e inovador que explora a presença romana em Portugal, mediando e promovendo a memória histórica da romanização e do seu legado», informa a autarquia local em comunicado.
10. Castelo de Almourol
Situado numa pequena ilha escarpada, no curso médio do rio Tejo, o Castelo de Almourol é um dos monumentos militares medievais mais emblemáticos e cenográficos do período da reconquista, sendo, simultaneamente, um dos que melhor evoca a memória dos templários no nosso país. No século XX, o conjunto foi adaptado a Residência Oficial da República Portuguesa.
Foi palco de alguns dos mais importantes eventos do Estado Novo. O processo reinventivo, iniciado um século antes, foi definitivamente consumado por esta intervenção dos anos das décadas de 1940 e de 1950, consumando-se, assim, o fascínio que a cenografia da zona causou no longo romantismo cultural e político português. O acesso é feito de barco, um passeio que os mais pequenos adoram.
Texto: Rita Caetano e Luis Batista Gonçalves
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