“A vacinação contra a COVID-19 marcou o ano de 2021, não só pelo sucesso do processo que colocou Portugal num lugar cimeiro a nível mundial, mas também porque permitiu a redução do número de vítimas da doença e o alívio das restrições a que os portugueses foram sujeitos”, sublinha e entidade que organiza a votação Palavra do Ano, o Grupo Porto Editora.
Em segundo lugar na votação ficou “resiliência”, que conquistou 30% dos votos, e a fechar o pódio surge “teletrabalho”, que arrecadou 9% da votação. Seguem-se as palavras “bazuca” (6,5%), “criptomoeda” (2,9%), “podcast” (1,9%), “orçamento” (1,4%), “mobilidade” (0,9%), “apagão” (0,7%) e “moratória” (0,6%).
No anúncio da Palavra do Ano estiveram presentes duas personalidades que representam as palavras mais votadas e que reuniram 75% dos votos: António Sarmento, diretor do Serviço de Infecciologia, e Nelson Pereira, diretor da UAG da Urgência e Medicina Intensiva, ambos do Centro Hospitalar Universitário São João.
Para António Sarmento, primeiro vacinado em Portugal, não há surpresa nesta escolha dos portugueses e salientou a importância da iniciativa como reflexo do quotidiano da sociedade: "não me admira nada que tenha sido esta a palavra escolhida e isto também serve para auscultar o nosso 'sentir' e o 'sentir' de um povo é sempre uma coisa muito importante".
Foram cerca de 35 mil os votos na Palavra do Ano 2021, o que demonstra a importância desta iniciativa que reflete os principais acontecimentos e factos que marcaram o ano em Portugal. Através dela, a Porto Editora e a infopedia.pt “pretendem sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa, acentuando, assim, o poder das palavras, que refletem o quotidiano da nossa sociedade em cada ano: os factos, os hábitos, os acontecimentos, as tendências e as preocupações coletivas”, lemos em comunicado.
Em votação para 2021 estavam palavras como "confinamento", "COVID-19", "digitalização", "pandemia", "sem-abrigo" e "telescola".
"Vacina" sucede a "saudade", palavra eleita pelos portugueses em 2020, numa lista composta ainda por "esmiuçar" (2009), "vuvuzela" (2010), "austeridade" (2011), "entroikado" (2012), "bombeiro" (2013), "corrupção" (2014), "refugiado" (2015), "geringonça" (2016), "incêndios" (2017), "enfermeiro" (2018) e "violência doméstica" (2019).
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