O FestiSAL tem a particularidade de se realizar numa área protegida, que não está normalmente acessível ao público em geral, oferecendo, ao longo de todo o dia 20 de julho, um leque variado de atividades relacionadas com produção de sal artesanal.

Os participantes terão a oportunidade de desvendar a  história e a identidade local, calcorreando trilhos de salineiros e provando a cozinha local. Isto, num espaço natural banhado pelo Tejo, que apresenta uma diversificada comunidade de flora e avifauna. As inscrições para as atividades podem ser efetuadas pelo telefone 212 348 070 ou e-mail andre.batista@salinasdosamouco.pt

Com uma área de 360 hectares, o Complexo de Salinas do Samouco é um território centenário, originalmente constituído por 56 salinas, remontando ao século XIII. Uma área, durante muitos anos, principal produtora de sal do país.

As Salinas do Samouco albergam hoje, para além da produção de sal, um projeto ecológico e ambiental de proteção e conservação, sendo um local de alimentação, refúgio e nidificação de milhares de aves e outras espécies.

A produção de sal nas Salinas do Samouco é feita sobre os moldes artesanais. O sal e flor de sal extraídos dos cristalizadores preservam as propriedades da água marinha e são utilizados não só na gastronomia, mas também para a utilização em tratamentos medicinais, cosmético e spas, bioherbicidas, piscinas e produção de salicórnia.

Além da produção de sal, a Fundação das Salinas do Samouco conta com outros projetos, não só no que respeita ao estudo das aves como sobre o uso sustentável dos recursos naturais – hortas biológicas e recolha de plantas halófitas. Entre as cerca de 90 espécies de aves que recorrem às salinas, destacam-se o borrelho-de-coleira-interrompida, a chilreta, o pernilongo e o flamingo.

Um dos principais objetivos da Fundação das Salinas do Samouco é a sensibilização e educação da população em geral e de grupos escolares em particular, para a temática das zonas húmidas, em especial sobre o complexo das Salinas do Samouco.