Adotar um animal de estimação é sempre um momento de felicidade, principalmente para as crianças que ganham um novo companheiro. Esta excitação inicial sente-se, principalmente, quando o animal ainda é bebé e é considerado mais ternurento. Contudo, com o passar do tempo o encanto inicial pode passar e as responsabilidades começam a crescer.
A verdade é que não basta levar o animal para casa, há que ter em conta que vai passar a ter responsabilidades durante muitos anos e que terá de atender a necessidades como: comida, um lugar seguro para viver, cuidados veterinários e disponibilidade.
A pergunta que se impõe é - está pronto para um compromisso a longo prazo? Um cão pode viver até aos 17 anos e um gato até aos 20. Durante estes anos, tem de ter em atenção que a sua vida pode mudar, mas os cuidados do animal têm de continuar a ser garantidos.
Não se assuste! Um animal de estimação é uma coisa boa e existem muitos animais que precisam de um lar. Além disso, ganhar um melhor amigo para a vida é a maior vantagem de todas. Só tem de ter em atenção que não é uma escolha que se tome impulsivamente, pelo contrário, requer alguns sacrifícios e compromisso.
O que deve ponderar antes de avançar com uma adoção?
1. As despensas crescem
Prepare-se para as despesas médicas do animal: consultas no veterinário, desparasitação, tosquias, cuidados de higiene e vacinas. Convém garantir que tem condições financeiras para suportar estes gastos e outros inesperados, caso haja algum acidente ou surja alguma doença.
2. Estar dentro da lei
Existem algumas obrigações legais que deve ter em conta como: registar o animal, circular com coleira, com a indicação do nome do animal e morada ou telefone do dono e, em alguns casos, o uso de açaime. Cães de raças potencialmente perigosas têm mais obrigações legais e, nestes casos, deve contratar um seguro de responsabilidade civil.
3. Tempo e disponibilidade são essenciais
Além de todos os cuidados básicos de sobrevivência, os animais precisam também de atenção e disponibilidade da parte do dono. À nossa semelhança, também os cães e os gatos são animais sociais e precisam de companhia, carinho, passeios e brincadeiras para garantir a sua saúde mental. Tempo e disponibilidade são a garantia de um maior companheirismo e da criação de laços de amizade.
Outro aspeto que deve ter em conta é a disponibilidade de toda a família que partilha a casa com o animal. Tem de considerar se tem membros com alergias e até se todos têm abertura emocional para receber um novo membro.
4. Estilo de vida em sintonia
O animal que escolher vai fazer parte da sua vida durante muitos anos e, por isso, deve ter em conta a sua personalidade e o seu estilo de vida. Se é uma pessoa mais caseira e calma, escolher um animal que precise de sair muito ou de gastar energia não é o ideal. Outro aspeto a ter em conta é a idade. Uma pessoa mais velha não deve escolher um cachorro que está numa fase da vida mais energética.
5. Uma casa boa para nós e para eles
Devemos ter também em atenção as condições da nossa habitação. Apartamentos pequenos não são uma boa opção para cães de porte grande, por exemplo. Deve garantir sempre um espaço confortável e seguro para o animal.
6. A alimentação também é uma preocupação
Assim como os seres humanos, os animais também devem seguir uma alimentação equilibrada. O melhor é, sempre que possível, falar com o seu veterinário uma vez que existem fatores que variam muito consoante as características do animal como: idade, tamanho, raça, estilo de vida e saúde. Mas tem de estar preparado para gastar dinheiro em alimentação específica para animais uma vez que a nossa comida não é adequada para eles, além disso tem de garantir que o animal tem sempre água limpa disponível.
7. De férias também há responsabilidades
Perceba se tem soluções para quando for de férias. Tem de ter consciência que vai ter de passar a escolher locais que aceitem animais ou se tem alguém de confiança que possa ficar com eles durante esse tempo. Caso não seja possível, tem de ponderar se tem disponibilidade financeira para deixar os animais num alojamento próprio para eles.
Infelizmente, é na época de férias que aumentam as taxas de abandono e maus tratos aos animais. Por isso, tem de estar preparado para este compromisso para a vida, inclusive nos períodos de férias.
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