David Crognaletti, diretor comercial do aeroporto de Cagliari, italiano, viveu quatro décadas em Milão, de onde é originário. Um dia, cansou-se do clima da cidade. "São 200 dias de céu cinzento por ano", critica. Há uns anos, num dia de outubro sombrio e chuvoso, apanhou o avião com a família e foi de férias para a Sardenha. Mal aterrou na ilha, surpreendeu-se com o que encontrou. "Descobrimos o paraíso", assegura.

"As pessoas estavam na praia. Decidimos logo que iríamos passar a viver ali", confessou em declarações a um grupo de jornalistas, bloggers e agentes de viagem, no Porto, durante uma sessão de promoção deste destino turístico. Aquela que é a segunda maior ilha do mar Mediterrâneo, a seguir à Sicília, ocupa uma superfície de 24.000 quilómetros quadrados mas só tem uma densidade de 69 pessoas por quilómetro quadrado.

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"É um oásis de paz e relaxamento", garante David Crognaletti. As praias de água transparente com um areal a perder de vista são, a par das belezas verdejantes da ilha, que concentra naquele espaço 10% da área verde do país, um dos maiores atrativos deste destino. Estão, no entanto, longe de serem o único. "A melhor maneira de usufruir da ilha é através do fly and drive", afirma. "Eu aconselho toda a gente a alugar um carro ou uma mota e a descobrir os caminhos costeiros da ilha, que se atravessa de uma ponta à outra em três horas", explica o italiano.

Desde novembro de 2018 que chegar lá a partir de Portugal se tornou mais fácil. A Ryanair inaugurou uma ligação direta para Cagliari a partir do aeroporto de Sá Carneiro, no Porto. No horário de inverno, os voos partem do norte do país às segundas-feiras às 16h25 e às quintas-feiras às 12h10, com preços por trajeto a partir dos 19,90 €. No verão de 2019, as saídas às segundas-feiras passam para as 06h45.

O segundo voo é adiado para as sextas-feiras, para as 06h35. David Crognaletti admite, no entanto, que o número de voos possa vir a ser reforçado nesse período, se a procura foi superior à esperada, como acredita que venha a acontecer. "É uma ilha muito segura, perfeita para famílias com crianças. Não há delinquência nem criminalidade", afiança Giuseppina Scorrano, responsável pela promoção internacional da ilha.

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De acordo com a funcionária da Câmara do Comércio de Cagliari, o preço das viagens é, neste momento, acessível aos portugueses. Os da hotelaria também. "Somos vítima de um preconceito", queixou-se no Porto. "As pessoas acham que a Sardenha é muito cara mas isso não é verdade. Sobretudo em Cagliari, há oferta para todas as bolsas. Asseguro-vos que os preços não são muito altos", insiste Giuseppina Scorrano.

"Encontram-se quartos com preços que variam entre os 40 € e os 140 €", afiança. Além das praias e da natureza, a cultura, a gastronomia e as muitas atividades desportivas que se podem praticar na água e/ou ao ar livre são outros dos trunfos em que o Turismo da Sardenha aposta para atrair mais turistas nacionais."Há muitos eventos culturais e muitas coisas que se podem fazer ao longo de todo o ano", afirma a responsável.

"Não somos apenas um destino de praia. Somos mais do que isso", garante Giuseppina Scorrano. David Crognaletti anui. Na localidade meridional de Barumini, há uma aldeia pré-histórica fundada pela primeira civilização nativa da ilha, os nuraghi, que foi declarada Património Mundial da UNESCO em 1997 e que é outra das atrações turísticas da Sardenha. "É um destino que queremos que se torne moda", afirma o italiano.

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