Em comunicado no Dia Internacional dos Museus, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) e o ICOM divulgaram os principais resultados de dois estudos realizados para perceber o impacto da COVID-19 nos museus.
“Quase 90% do total, mais de 85 mil instituições, fecharam as suas portas durante períodos variáveis ao longo da crise. Adicionalmente, em África e nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, apenas 5% dos museus puderam oferecer conteúdos ‘online’ aos seus públicos. Quase 13% dos museus a nível mundial pode nunca reabrir”, lê-se no comunicado conjunto das duas organizações.
O estudo conduzido pelo ICOM sublinha “o facto de que os museus que foram privados dos seus visitantes vão enfrentar uma redução das suas receitas”, com um impacto consequente nas profissões que gravitam à volta destas instituições.
“Os museus desempenham um papel fundamental na resiliência das sociedades. Devemos ajudá-los a lidar com esta crise e a mantê-los em contacto com as suas audiências”, afirmou a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay.
Por seu lado, o estudo da UNESCO verificou que o número de museus a nível global aumentou em 60%, desde 2012, para um total de 95 mil, “o que demonstra o lugar importante que o setor assumiu nas políticas culturais nacionais ao longo da última década”.
O estudo alerta, no entanto, para a existência de disparidades significativas: África e os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimentos representam 1,5% do total.
As duas entidades remetem para breve a publicação dos estudos, na íntegra.
Desde 1977 que o ICOM organiza o Dia Internacional dos Museus, com o objetivo de promover o intercâmbio e enriquecimento cultural, o desenvolvimento da compreensão mútua, da promoção da cooperação e da paz entre os povos.
Esta efeméride acontece anualmente a 18 de maio, ou em datas próximas, e traduz-se na organização de iniciativas e atividades comemorativas, unidas internacionalmente pelo tema comum definido previamente pelo ICOM.
Este ano, a data celebra-se em espaços museológicos que vão obedecer a regras sanitárias definidas pelas autoridades de saúde, e por outras recomendações para o setor, e que passam pelo uso obrigatório de máscara, o distanciamento social e a higienização frequente de mãos e dos espaços.
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