Maria Clara Monteiro, moradora no concelho de Nelas, distrito de Viseu,
leitora da revista Jardins, confessa que não passa um dia sem ir
ao jardim realizar nem que sejam pequenas tarefas, apesar da sua atividade profissional na autarquia de Nelas.
Em discurso direto, esta apresentou-nos o seu jardim, as suas espécies, as ferramentas que mais utiliza, os jardins portugueses que prefere, entre outras curiosidades interessantes. Confira!
«Tenho variadíssimas espécies no meu
jardim, desde tuyas de vedação, ciprestes, petúnias,
relvado, grama preta,
grama dourada e grama cinzenta, gerâneos,
fetos, ficus de interior e exterior, clematis, papyrus,
azáleas, espadas-de-são jorge, arbustos
de pequeno e médio porte, imensos catos,
entre outras», desabafa.
«As minhas flores preferidas são as petúnias,
que pela sua durabilidade, conferem um colorido
sem igual ao jardim», revela. «Gosto imenso das
espadas-de-S. Jorge, nome comum pelo qual
são chamadas, que se assemelham a umas
canas de bambu, mas muito fininhas e ocas
no interior, muito úteis para arranjos florais,
que são outra das minhas artes prediletas», assume.
A sua afinidade com os jardins e as
plantas prende-se com um gosto pessoal mas
não só. Deve-se também ao facto de ter sido criada
desde pequena no meio rural, na casa dos pais onde o jardim era uma constante
na envolvência do espaço. «Era e é», sublinha.
«Eu e o meu marido fomos os
autores do nosso jardim. Tentámos
planeá-lo com as nossas ideias e também
com ideias retiradas de diversas
revistas, como a vossa, especialmente
no que concerne à delimitação de
canteiros e mobiliário de jardim», revela ainda Maria Clara Monteiro.
Mudar e transformar são conceitos que não a assustam. «Faço imensas alterações no
jardim, pois, por vezes algumas espécies não se
adaptam bem e secam. Outras vezes apetece-me apenas mudar as espécies, a disposição dos
canteiros, a sua composição... Ou porque vi um
jardim com determinadas características e
tento reproduzir e adaptar ao meu espaço», descreve.
«Todos os dias trato de algumas plantas
do meu jardim, seja a tirar uma pequena
erva, seja a podar uma planta que apresenta
galhos secos, seja a regar, não tantas horas
como gostaria, devido à minha profissão, mas
tento mantê-lo o mais apresentável possível», informa ainda.
É também mulher de apreciar o trabalho que os arquitetos
paisagistas desenvolvem. «[Admiro-os] pelo que vejo
em revistas da especialidade, mas se tivermos
ideias e formos empreendedores, com muita
imaginação, gosto e essencialmente conhecimentos,
conseguimos planear e arquitetar
lindos espaços», assegura.
Veja na página seguinte: Os jardins favoritos de Maria Clara Monteiro
A técnica e a experiência dos especialistas nessas áreas é algo que valoriza profundamente.
«Certo é que teremos de ter em
consideração vários factores que aqueles profissionais,
dada a sua formação, saberão equacionar,
tais como a exposição solar, a adaptação
de certas espécies ao meio envolvente, os
materiais mais adequados para o propósito que
queremos alcançar, um sem número de aspectos
que hoje estão ao alcance de um clique, mas
mesmo assim planear um jardim hoje está ao
alcance da maioria das pessoas», considera.
Maria Clara Monteiro admite que conhece poucos jardins em Portugal,
mas gosta «do Parque Natural do Buçaco, dos imensos jardins de Sintra e do Parque do Fontelo, em Viseu», revela. As ferramentas que mais utiliza na jardinagem
são a tesoura da poda e o corta sebes.
«Quase tudo o que tenho no meu jardim
adquiro em Moimenta de Maceira Dão, na F.C.
Jardins», publicita.
A sua próxima aquisição para o
meu jardim vai ser uma pérgula
com cortinas para vedar uma mesa
de cimento redonda que esconde
um poço e que serve para apoio à
churrasqueira. «Preciso de adquirir
um corta relva mais potente, porque
o meu já não está a cem por cento», refere ainda.
Comentários