Promovido durante o passado mês de março pela agência de ‘marketing’ SocialPubli junto de mais de 1.800 utilizadores da plataforma, entre influenciadores e anunciantes, o estudo revela que “foi com a pandemia e a procura por novas ferramentas de comunicação e interação digital que a utilização do TikTok aumentou, com 86,5% dos inquiridos a afirmar uma utilização mais recorrente da plataforma desde o início da quarentena”.
Cerca de 20% dos inquiridos admitiu passar cinco horas por dia ligado ao TikTok, enquanto 73% referiu dedicar-lhe uma a cinco horas diárias e apenas 34,9% afirmou publicar conteúdo uma vez por semana.
No que respeita aos temas preferidos dos utilizadores, o estudo da SocialPubli – uma agência de ‘marketing’ de influência que conecta marcas com influenciadores – destaca a comédia e os vídeos de dança, seguidos de tutoriais e ‘challenges’ (desafios).
“Por outro lado, a moda e a beleza surgem como os temas promissores a curto prazo, com mais de 80% dos inquiridos a confirmá-lo”, aponta o estudo, desenvolvido junto de utilizadores da América Latina, Estados Unidos, União Europeia (incluindo Portugal), Reino Unido e Canadá.
Numa amostra maioritariamente feminina (66,2%) e sobretudo representativa (54,8%) da Geração Z (nascida entre a segunda metade dos anos 1990 até o início de 2010), a SocialPubli pretendeu com o estudo “melhor entender o fenómeno do TikTok e de que forma as pessoas e as marcas estão a interagir nesta rede social”, apontada por 75,6% dos influenciadores como “a futura plataforma líder”.
E a verdade é que – concluiu – “apesar de ser uma plataforma que regista um crescente aumento de utilizadores e de novos formatos de conteúdo, ainda é um diamante em bruto no que respeita às marcas”: 38,5% de influenciadores admite nunca ter recomendado marcas, produtos e serviços à sua comunidade e apenas 6% confirma já ter criado conteúdo patrocinado.
“Contrastando [com] essa realidade”, a SocialPubli diz estarem os 67,9% de utilizadores que afirmam já ter adquirido algum produto após verem uma publicação onde o mesmo aparece, “ainda que a presença de perfis de marcas seja escassa” no TikTok, com 50,7% de utilizadores a confirmar seguir menos de cinco insígnias naquela plataforma.
Apesar de 81,1% dos anunciantes não ter realizado uma única campanha no TikTok, admitem acreditar na eficácia nas campanhas de ‘marketing’ de influência na plataforma, com cerca de 53% dos anunciantes a planear aumentar o orçamento nesta área.
A justificá-lo está a “taxa de interação bastante positiva”, com 87,1% dos influenciadores a admitirem haver um maior ‘engagement rate’ (índice de interação com o conteúdo) nesta plataforma comparativamente a outras.
Citado no comunicado, o responsável em Portugal da SocialPubli explica que “os ‘tiktokers’ são a nova geração de ‘influencers’ que nasceram fruto desta rede social”, pelo que, para a agência, “era muito importante conhecer os seus comportamentos, já que vão marcar as tendências de consumo nos próximos anos”.
No que respeita aos anunciantes, Bruno Salomão sublinha que o estudo aponta o Tiktok como “uma grande oportunidade para as marcas que querem começar a comunicar produtos ou serviços”: “Mais de metade das pessoas admite comprar um produto após vê-lo na plataforma e isto confirma a eficácia do ‘marketing’ de influência”, nota.
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