"Quando 16% dos novos automóveis que são vendidos em Portugal já são veículos elétricos, a rede de abastecimento tem que crescer na sua dimensão, espalhar-se no território e temos que ter cada vez mais carregadores que conseguem carregar os veículos no menor período de tempo. Este é um posto de carregamento ultrarrápido", afirmou o governante.
João Pedro Matos Fernandes deslocou-se hoje a Castelo Branco, onde procedeu à inauguração do do primeiro posto de carregamento ultrarrápido (PCUR), instalado no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) e financiado pelo Fundo Ambiental.
O PEES prevê a instalação de 12 postos de carregamento ultrarrápido em 12 cidades, maioritariamente no interior, criando as condições para que os utilizadores de veículos elétricos (UVE) possam circular no território nacional, reforçando a coesão territorial.
"Já há carregadores para veículos elétricos em 286 municípios do país e a crescer muito depressa, porque no dia 01 de janeiro, só havia 240. Em pouco mais de quatro meses chegamos aos 286. É, sem dúvida também, o celebrar da entrada no mercado pleno", disse.
O governante disse que, quando chegou a ministro, só 1% dos veículos vendidos em Portugal eram elétricos e só havia postos de carregamentos lentos.
"Depois vieram os postos rápidos e agora chegam os postos ultrarrápidos. Em cinco minutos consegue-se obter a energia elétrica necessária para percorrer 100 quilómetros", sublinhou.
Adiantou ainda que estes investimentos financiados através do PEES deverão ser os últimos que carecem de suporte público.
"Estes 12 postos de carregamento ultrarrápidos, sobretudo em municípios do interior do país, são os últimos onde ainda houve necessidade de o Estado dar uma ajuda, porque esta é cada vez mais, uma atividade de mercado. Por isso, esta é, de facto, uma certa despedida, no bom sentido, daquilo que foi o investimento público necessário", concluiu.
Já o presidente da MOBI.E, empresa pública que atua como Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica (EGME), realçou a importância de trazer a mobilidade para o interior do país, "promovendo a coesão territorial".
Luís Barroso disse que a rede bateu todos os recordes no dia 26 de maio, registando um crescimento, em maio, de 20% na sua utilização.
Este responsável realçou ainda a "tentativa de desvirtualização do modelo de mobilidade elétrica" e sublinhou a necessidade de tornar a mobilidade elétrica "numa vocação mais de mobilidade e menos de energia".
Por seu turno, o presidente da Câmara de Castelo Branco, José Augusto Alves, referiu que a estratégia do município assenta também num desenvolvimento ambiental que não se fica apenas por uma cidade mais verde.
Atualmente, Castelo Branco possui, além deste posto de carregamento ultrarrápido, seis postos de carregamento lento e dois semirrápidos. Há ainda mais oito postos de carregamento privados a ser instalados.
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