Em menos de um mês, uma equipa de cientistas europeus concluiu que a onda de calor de julho em vários países europeus foi agravada pelas alterações climáticas provocadas pela atividade humana.
"A onda de calor de julho de 2019 foi tão extrema sobre o oeste da Europa continental que as magnitudes observadas teriam sido extremamente improváveis sem alterações climáticas", concluíram os investigadores liderados por Robert Vautard, do Instituto Pierre-Simon Laplace, em França.
Os investigadores de França, Holanda, Grã-Bretanha, Suíça e Alemanha argumentam que as temperaturas recorde atingidas em países como a França e a Holanda teriam sido 1,5 a 03 graus inferiores sem alterações climáticas de origem humana.
Robert vautard afirmou que a Europa tem que se habituar a ondas de calor desta intensidade, que se tornarão mais frequentes e mais intensas, estimando que em 2050, as temperaturas máximas poderão ser três graus ainda mais quentes.
A vaga de calor foi para norte e está agora a provocar degelos em grande escala na Gronelândia e no Ártico.
As temperaturas nunca subiram tão rápido nos últimos dois milénios como agora, nem de forma tão global, segundo estudos agora publicados nas revistas Nature e Nature Geoscience.
A investigação concentrou-se na análise da tendência climática recente do planeta e conclui que 98% da Terra está a sentir o aquecimento global após a revolução industrial, o que demonstra que o “impacto humano no meio ambiente tem uma consistência espacial inédita no contexto dos últimos dois mil anos”, segundo os autores das pesquisas.
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