Um dia depois de ter terminado a consulta pública da EN-H2, que foi aprovada pelo Governo em maio passado, a Zero diz em comunicado que a estratégia, apesar de ser “um contributo relevante”, tem muitos aspetos a clarificar e que é preciso avaliar a ligação ao gás natural, acrescentando que o hidrogénio “deve antecipar a neutralidade carbónica” mas que a estratégia não está à altura do desafio.
A organização ambientalista alerta que é preciso avaliar comparativamente as eficiências e o custo-eficácia do uso do hidrogénio para produzir eletricidade e a produção através de energias renováveis.
“Para a Zero, queimar hidrogénio numa central térmica ou em equipamentos domésticos em casa é, como princípio e nas condições atuais, errado, e não é uma solução de futuro por razões de eficiência comparativamente com o recurso a eletricidade 100% renovável”, diz-se no comunicado.
No documento critica-se também o (proposto) uso das mesmas redes do gás natural para transportar o hidrogénio, e considera-se essencial estudar o uso de uma rede dedicada, e duvida-se da aposta na exportação de hidrogénio antes de se pensar no uso nacional para suprimir toda a utilização de combustíveis fósseis.
Depois a Zero questiona que consumo de água vai ser feito para produzir hidrogénio, refere que a biomassa não pode servir para essa produção, e deixa 15 questões as quais, diz, é preciso garantir antes de se começar a produzir hidrogénio.
Desde logo a prioridade à eletrificação do sistema energético nacional, aumentando as energias renováveis, a não perpetuação do gás natural, ou o armazenamento.
Ou ainda que é privilegiada a produção próximo dos locais de consumo, e que são aproveitadas as infraestruturas de transporte de eletricidade.
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