Ninguém é perfeito, nem ninguém nasce ensinado e, por isso mesmo, é natural cometermos alguns erros no nosso dia-a-dia. No que diz respeito há poupança são várias as falhas que costumamos incorrer. Muitos dos erros cometidos nesta área são causados pela falta de conhecimento dos consumidores. Conheça, então, os sete pecados “mortais” e saiba como evitá-los de forma a garantir tornar-se um “Á’s” na gestão do dinheiro.
1. Não ter objetivos
Comprar uma casa nova ou tirar um período sabático para fazer uma viagem à volta do mundo. Estes são alguns desejos que frequentemente passam pela cabeça de todos nós. E, na verdade, definir objetivos é o primeiro passo a ter em conta para conseguir poupar. Ao definir metas e prazos para atingir os seus sonhos, mais facilmente conseguirá organizar o seu orçamento de forma a garantir que todos os meses reserva um determinado montante dos seus rendimentos para a poupança. Se não tiver objetivos, nem ambições a atingir no futuro dificilmente se sentirá motivado para poupar. Leia também o artigo “Quatro boas razões para poupar aos 20 anos”.
2. Adiar decisões
Procrastinar. Adiar constantemente para o futuro a construção de um pé-de-meia. Este é um “pecado” que muitos consumidores cometem, especialmente, no atual contexto de crise económica. Numa altura em que os orçamentos das famílias estão constrangidos e limitados, todos os euros que possam sobrar ao final do mês são alocados para satisfazer as necessidades de curto prazo. Como tal, o desejo de criar rotinas de poupanças e de elaborar um plano/estratégia para conseguir amealhar algum dinheiro muitas vezes acaba por ser adiado. No entanto, quanto mais cedo começar a poupar, melhor. Pois devido ao efeito de capitalização, as suas poupanças irão “engordar” a longo prazo. Por exemplo: Se começar a poupar um euro por dia aos 20 anos, quando chegar aos 60 anos terá um pé-de-meia no valor de 27.500 euros, pressupondo que aplica as suas poupanças num instrumento financeiro que lhe oferece uma taxa de juro de 3% ao ano. Já se começar a poupar um euro aos 40 anos, quando chegar aos 60 a sua poupança será bem inferior: 9.800 euros. Veja através desta calculadora quanto tem de poupar para conseguir chegar a milionário.
3. Viver de ordenado, em ordenado
Um dos problemas que muitas pessoas enfrentam é viverem no limite: ou seja, vivem de ordenado em ordenado e, se por acaso, enfrentam alguma situação de emergência, não dispõem de uma poupança à qual possam recorrer. Estas situações são extremamente perigosas, uma vez que sem terem qualquer rede de apoio, os consumidores facilmente entram numa situação de sobre-endividamento e de incumprimento. Para evitar estes riscos é fundamental que crie um fundo de emergência. Se tiver dificuldades em poupar, comece por reservar pequenos montantes e vá aumentando os valores, à medida que o seu orçamento o permita. Saiba como construir um fundo de emergência neste guia.
4. Ter o dinheiro parado
Existem muitos consumidores que até têm capacidade para conseguir poupar todos os meses, mas depois não sabem fazer crescer o seu dinheiro: Ou está parado num mealheiro, ou então, está no banco, mas numa conta à ordem com uma remuneração nula. Esta inércia poderá ser extremamente penalizadora no longo prazo. Isto porque devido aos efeitos da inflação, o seu dinheiro tenderá a perder valor. Para evitar que as suas poupanças “encolham” é fundamental que invista o seu dinheiro em produtos financeiros que lhe ofereçam uma remuneração acima da inflação. Para saber mais sobre este tema leia também o artigo “Três motivos para não ter o dinheiro debaixo do colchão”.
5. Comprar só porque está em promoção
Em tempos de crise palavras como “promoções”, “descontos” ou “saldos” passaram a soar como música para os ouvidos dos portugueses. No entanto, o facto de um artigo estar em promoção não significa necessariamente que seja uma boa compra. Muitos consumidores quando vão às compras são seduzidos pelos produtos que estão em promoção e correm o risco de encherem a despensa com produtos que não necessitam ou que são perecíveis e acabam por se estragar. Por isso, no momento em que estiver a analisar um produto em promoção, não se esqueça de verificar o prazo de validade do mesmo. Veja também o artigo “Saiba como tirar o melhor partido dos sites de descontos”.
6. Ser comodista e não procurar as melhores soluções
Ter o seguro automóvel na mesma seguradora durante anos sem nunca ter a curiosidade de fazer uma prospeção de mercado para saber se existe no mercado uma outra seguradora que lhe ofereça uma apólice com um prémio mais atrativo é um exemplo de comodismo que lhe pode custar muitos euros por ano. Para conseguir poupar, provavelmente não terá de abdicar de nenhum consumo ou despesa a que está habituado a fazer: Bastará, em alguns casos, mudar de operador ou de empresa prestadora de serviço. Isto aplica-se em todas as áreas da vida financeira de uma família: desde os contratos de telecomunicações, passando pelos seguros, pelas fornecedoras de eletricidade, até às compras de supermercado. Fazer uma prospeção de mercado, comparar preços e condições antes de tomar uma decisão de consumo ou de investimento é ,pois, essencial para ver o seu dinheiro crescer. Leia também o artigo “10 Sites para gerir melhor as suas despesas”.
7. Não prestar atenção às pequenas despesas
Provavelmente saberá de cor qual é a valor da prestação da casa e quanto paga em média na fatura da eletricidade. A generalidade dos portugueses tem uma noção e um controlo em relação às grandes despesas do agregado familiar e aos encargos considerados essenciais. Mas no que diz respeito às despesas pequenas (como os lanches fora, os jornais e revistas, as compras de roupa e acessórios), o controlo não é tão apertado. O problema é que este tipo de despesas podem não ser totalmente inofensivas, já quem em termos acumulados, ao longo de vários anos, estas despesas poderão ter um peso relevante no seu orçamento, quando poderiam ser canalizadas para uma poupança. Para saber como fazer um orçamento familiar leia esteartigo.
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