O tupinambo é um alimento energético recomendado a diabéticos
porque o conteúdo em glicose é quase nulo.
Os tupinambos, cujo nome
científico é Helianthus
tuberosus L., são também
conhecidos por batata da Índia,
girassol-batateiro e tupinambur.
Os brasileiros chamam-lhe tupinambá
ou alcachofra da terra, os
Ingleses Jerusalem artichocke (alcachofra de Jerusalém).
Esta é uma planta composta muito
semelhante ao girassol não tendo,
no entanto, semelhança alguma
com a alcachofra, a não ser no sabor
e talvez um pouco na consistência. O tupinambo é uma excelente
fonte de potássio, ferro, fósforo,
cobre, magnésio, zinco e vitaminas
A, B e C. Contém cerca
de 8% de fibras e mucilagens e cerca de 12% de glúcidos
e 2% de prótidos. É, por isso, um alimento
(hidrato de carbono), energético
muito recomendado a diabéticos
pois o seu conteúdo em glicose é
quase nulo.
Esta planta favorece todos os metabolismos
celulares, recomendado em casos
de insuficiência pancreática, gota,
reumatismo e obstipação. Além disso, a sua ingestão no período pós-parto estimula
a produção de leite materno, combate
o escorbuto e é ainda útil para
tratar problemas renais.
Culinária
Pode ser cozinhado no forno ou
assado na brasa, gratinado com
noz moscada ou ainda reduzido a puré.
Convém lembrar, no entanto, que
a cozedura com água poderá
causar flatulência. Convém juntar
algumas sementes de funcho ou de
salva para minimizar este efeito.
Pode ainda consumir o tapinambo cru, ralado
em salada, tal como se faz com as
cenouras ou beterrabas.
Este vegetal deve consumir-se quando tiver
chegado à maturidade, isto é, apenas
quando tiver a inulina bem formada
para facilitar a sua digestão.
O seu sabor doce, combina bem
com peixe e aves, alho cebola ou
chalotas.
No jardim
Trata-se de uma planta muito
resistente e bastante invasiva gostando
de solos pobres, arenosos
ou rochosos. Gosta de água mas
também subsiste muito bem na
falta desta e é muito resistente
também ao frio.
Cresce de forma espontânea
nas pradarias do Canadá e
do nordeste dos Estados Unidos da América
e julga-se ter sido descoberta por
Samuel Champlain, navegador e
explorador do novo mundo, que
escreveu no séc. XVII sobre a vida
e os costumes dos Índios, tendo
descoberto que alguns nativos do
Canadá utilizavam o tupinambo
na sua alimentação. Terá sido
Champlain quem primeiro trouxe
mais um alimento do novo mundo
para a Europa em 1625, tendo-se
este difundido mais rapidamente
do que a batata, tanto como planta
forrageira como para alimentação
humana.
Veja na página seguinte: O regresso dos topinambos
Depois parece ter caído Esta planta é ainda Os tupinambos podem chegar a Texto: Fernanda Botelho
no esquecimento, dando lugar à
grande popularidade da batata.
Actualmente, os tupinambos
parecem voltar a estar em voga por
razões várias, sobretudo nos meios
da permacultura e da agricultura
biológica por serem uma planta muito
útil como sebes ou corta vento, de
pouca exigência hídrica.
utilizada depois de desbravar silvas. Plantar topinambos no seu lugar
parece ser uma prática cumum e
com bons resultados.
atingir três metros de altura e são
cultivados pelos seus tubérculos
bolbosos, apresentando muitas
vezes bosas algo semelhante às do
gengibre. Estas plantas desenvolvem-se debaixo
da terra da mesma forma
que a batata.
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