O confinamento voluntário, o distanciamento social, os planos de contingência ou o estado de emergência são expressões que ganharam significado nas vidas dos portugueses, mas que expressam o dia a dia de quem vive com dermatite atópica. Em Portugal, 19% dos doentes com esta patologia na sua forma moderada e 41% dos doentes que possuem a sua forma grave referem que o estado da sua pele os impediu de trabalhar ou estudar nalguma fase da vida.

A dermatite atópica não é uma doença contagiosa, mas tira a liberdade a cerca de 202 mil portugueses. "Estima-se que afete 4,4% dos adultos na União Europeia e cerca de 10% a 20% da população pediátrica a nível mundial", refere a Sanofi em comunicado.

"A dermatite atópica é uma doença inflamatória crónica da pele que, particularmente na sua forma moderada a grave, é responsável por lesões físicas, mas também emocionais e socioeconómicas", acrescenta a nota.

"Estas campanhas são essenciais para sensibilizar a população para a dermatite atópica e as suas consequências físicas e emocionais. Além disso, poderá contribuir para que os próprios doentes sejam agentes ativos na procura por mais informação, correto diagnóstico e tratamento adequado", diz Joana Camilo, presidente da ADERMAP.

Dermatite Atópica (D.A.) moderada a grave ou eczema atópico (E.A.)

O conhecimento sobre esta doença permite que pessoas com a patologia, cuidadores, famílias e amigos aliviem algum do fardo emocional que a mesma provoca.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado permite uma melhoria considerável da qualidade de vida e capacidade de gestão da doença.

Felizmente hoje existe esperança no tratamento da dermatite atópica moderada a grave. Fale com o seu médico.

Pode consultar outras informações sobre esta campanha no website da ADERMAP ou no site www.dagarraatuavida.pt.

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“Com esta iniciativa esperamos sensibilizar cuidadores, famílias, amigos e a sociedade em geral sobre o que é a dermatite atópica moderada a grave. Ao conhecermos melhor esta realidade escondida, mas vivida por milhares de pessoas, mais facilmente podemos compreender o seu dia a dia e dar o nosso apoio", considera Francisco del Val, diretor-geral da Sanofi Genzyme.

"Acreditamos que um bom conhecimento da doença a par do diagnóstico precoce e do tratamento adequado podem contribuir para uma melhoria considerável da qualidade de vida e trazer uma nova esperança para quem vive com dermatite atópica", acrescenta.

Que doença é esta?

A dermatite atópica, ou eczema atópico, é uma doença crónica, imunomediada, atualmente incurável, determinada pela interação de fatores genéticos e ambientais, com um impacto elevado nas várias dimensões da vida dos doentes e das suas famílias.

Os principais efeitos visíveis são a vermelhidão, edema (inchaço), prurido (comichão), pele seca, fissuras, lesões descamativas, crostas e exsudação, afetando principalmente braços (56%), mãos (49%), cabeça, pescoço e pernas (39%). Além disso, 67% dos doentes com dermatite atópica apresentam outras doenças atópicas concomitantes, como rinite, asma e alergias alimentares.

Esta patologia está também frequentemente associada a vários efeitos ao nível emocional, como sentimentos de vergonha, ansiedade e frustração.

É sabido que os distúrbios de sono, que afetam cerca de 34% destes doentes, podem levar a fadiga e prejudicar o dia a dia, incluindo a performance no trabalho, ou provocar mesmo absentismo laboral.

Sabe-se, através do primeiro estudo sobre o Impacto da Dermatite Atópica em Portugal, que doentes com patologia moderada a grave perdem entre 3 a 9 dias de trabalho por ano, ou seja um perda média de produtividade de 24%.

Em Portugal, a dermatite atópica representa um custo anual de 1.018 milhões de euros.