A disfunção erétil é, de forma sintética, a incapacidade de ter ereções penianas que permitam relações sexuais satisfatórias e surge frequentemente após os 60 anos.
De acordo com o urologista Nuno Monteiro Pereira, cerca de 20 por cento dos casos devem-se exclusivamente a fatores psicológicos, embora estes surjam em geral associados a causas orgânicas.
Essa está, no entanto, longe de ser a única razão.
A causa orgânica mais frequente é a insuficiência arterial associada a ateroesclerose, hipertensão, diabetes, alcoolismo ou tabagismo. Outra causa frequente apontada pelo especialista é a medicamentosa, nomeadamente
anti-hipertensores, antidepressivos, supressores do apetite e antiulcerosos pépticos. A terapêutica inclui aconselhamento sexual e terapêuticas orais seguras e eficazes. A cirurgia de implantação de prótese peniana, bastante eficaz, é realizada nos casos mais graves.
De acordo com vários estudos internacionais, cerca de 40% dos homens de 40 anos já sofreram de algum grau de disfunção erétil. Segundo as estatísticas, mais de 30 milhões de homens na Europa são anualmente afetados por este problema, que em 2025 poderá atingir 43 milhoes de pessoas. Investigações internacionais concluiram ainda que uma grande maioria (80%) dos casos de disfunção erétil tem origem em fatores físicos.
Nem tudo são, contudo, más notícias. De acordo com um estudo de 1999, cerca de 95% dos casos já tem tratamento. Consoante o grau da patologia, esta pode ser tratada através do recurso a comprimidos, injeções, bombas de vácuo, tratamentos hormonais e até cirurgia, para reparar artérias danificadas e obstruções.
Revisão científica: Nuno Monteiro Pereira (urologista e diretor da Clínida do Homem e da Mulher)
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