Em algumas formas de meditação, o praticante é instruído a esvaziar a mente de pensamentos, sentimentos e sensações e a observá-los sem os julgar. A meditação promove a serenidade, o relaxamento físico e o equilíbrio psicológico.
Deve ser praticada num local calmo e com uma posição específica (seja sentada, deitada, em pé ou a caminhar, mas sempre confortável). Pressupõe uma atitude aberta: deixar ir e vir as distracções sem as julgar, centrando novamente a atenção no que é importante.
Como actua
«Com a meditação, aprende- se a focar a atenção num determinado aspecto, conseguindo-se, assim, desligar de relaxamento e diminuir estados de ansiedade e stress», afirma Manuel Carrageta, cardiologista.
Se nunca experimentou e deseja alcançar este estado, o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia aconselha a pensar, por exemplo, em férias agradáveis que tenha tido.
«A pressão arterial baixa e o stress diminui», refere. «Se as pessoas o conseguirem fazer vão lidar muito melhor com a ansiedade em qualquer situação, vão aprender a focar-se e a concentrar-se no que interessa e os benefícios serão visíveis em todos os campos da vida, desde o pessoal ao laboral ou escolar».
A meditação reduz a actividade do sistema nervoso simpático, responsável pelas nossas reacções perante situações que desencadeiam o stress e preparam o corpo para actuar perante uma emergência.
Contra-indicações
Segundo o National Center for Complementary and Alternative Medicine (NCCAM), a meditação é uma prática segura para pessoas saudáveis. Existem casos raros de agravamento de sintomas em pessoas com problemas psiquiátricos, mas é uma situação ainda sob análise.
Recomenda-se que indivíduos com doenças do foro mental ou físico falem com o seu médico antes de iniciar a prática meditativa e que informem o instrutor sobre o seu estado de saúde.
Tai chi: meditação em movimento
Um estudo publicado no Archives of Physical Medicine and Rehabilitation constatou que o tai chi, uma arte marcial conhecida como meditação em movimento, ajuda as mulheres após a menopausa a manter a densidade óssea e, assim, a evitar a osteoporose.
Manuel Carrageta acrescenta que «melhora a flexibilidade e equilíbrio, dois factores chave para os idosos evitarem as quedas e consequentes fracturas.»
Texto: Rita Caetano com Manuel Carrageta (presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia)
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