O objetivo da Medicina Intensiva não é prolongar a vida, quando isso não corresponde à existência de qualidade de vida, avaliada à luz do que é o entendimento do doente, representado pela sua manifestação de vontade e de valores, por ele expressos no momento ou em documento de diretivas avançadas, ou representada pelos que lhe são próximos, nomeadamente a família.
O envolvimento do doente e dos seus mais próximos nas decisões relacionadas com o suporte de vida é fundamental para a evicção da obstinação terapêutica, da distanásia e da futilidade terapêutica e para melhorar a qualidade do processo de morte e do luto.
A prática de cuidados paliativos, mesmo quando simultâneos com cuidados de terapêutica focada na doença é indiscutivelmente benéfica.
As decisões de limitação de suporte vital devem fundamentar-se nos princípios da bioética, ser tomados de forma consensual dentro da equipa clínica assistencial, em harmonia com o doente e a sua família e registadas no processo clínico.
Uma recomendação de:
Colégio da Especialidade de Medicina Intensiva da Ordem dos Médicos
Choosing Wisely Portugal – Escolhas Criteriosas em Saúde é um programa global de Educação para a Saúde que tem como principal objetivo promover escolhas em Saúde baseadas na melhor evidência científica disponível, promovendo a utilização adequada de exames complementares de diagnóstico e reduzindo o número de intervenções desnecessárias, sem eficácia/evidência comprovada e/ou com uma relação risco-benefício desfavorável.
O programa Choosing Wisely Portugal – Escolhas Criteriosas em Saúde preconiza, além de informações dirigidas aos profissionais de saúde, a criação de materiais pedagógicos destinados aos doentes que transmitam as recomendações em linguagem acessível, de forma a promover a literacia em Saúde e contribuir para decisões partilhadas em Saúde.
A informação apresentada nesta recomendação tem um propósito informativo e não substitui uma consulta com um médico. Caso tenha alguma dúvida sobre o conteúdo desta recomendação e a sua aplicabilidade no seu caso particular, deve consultar o seu médico assistente.
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