Estima-se que, em Portugal, meio milhão de homens sofram com disfunção erétil, condição caraterizada pela incapacidade regular ou permanente de obter uma ereção. Contudo, esta é uma situação com resposta eficaz em 90% dos casos que procuram ajuda. Ainda assim, é tradicionalmente tratada no país apenas na sua consequência e não na sua causa. A medicina tradicional chinesa recomenda a acupuntura, evitando os efeitos secundários de fármacos fortes.
Frequentemente ligado ao stresse e à ansiedade, o quadro clínico da disfunção erétil tem muito mais vezes na sua génese causas psicológicas. «Perante situações como as referidas, os vasos sanguíneos tendem a contrair-se, impedindo uma das premissas mais importantes na ereção masculina, a vasodilatação», começa por explicar Hélder Flor, especialista em medicina tradicional chinesa.
Por seu turno, os químicos prescritos pela medicina ocidental estão desenvolvidos com o objetivo único de criar condições necessárias para provocar uma ereção, numa atuação meramente física. «Esta não pode, nem deve, ser uma resposta efetiva à disfunção, por dois motivos muito simples. A ereção deve ser associada ao desejo sexual e não a um comprido», acrescenta ainda.
«E é suposto que o comprimido trate a disfunção e não que despolete outros quadros clínicos, como enjoos e má digestão», prossegue o especialista. De acordo com inúmeros estudos realizados na última década, a acupuntura é um dos tratamentos mais eficazes para a disfunção erétil, atuando a um nível global no organismo.
A correção do equilíbrio energético que é preciso fazer
Em Portugal, o número de homens a recorrer a esta técnica para ultrapassar o problema ainda é diminuto. Hélder Flor lembra que «é preciso conhecer e ouvir o paciente de forma a conseguir estabelecer um diagnóstico adequado e saber quais são os pontos que devem ser trabalhados. A acupuntura corrige o equilíbrio energético do nosso corpo através desses mesmos pontos», esclarece.
Uma intervenção mais direcionada acaba por revelar-se mais vantajosa. «No caso da impotência, estão regularmente associados ao sistema simpático. A solução obriga a estimular os pontos do corpo, de forma a que o parassimpático entre em acção para relaxar o paciente, promovendo a sincronia entre os dois sistemas», conclui ainda o especialista.
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