Porque é importante a ingestão de líquidos?

É sabido que a ingestão de líquidos é fundamental à vida humana e que não sobreviveríamos mais do que três a cinco dias sem água. A água é o elemento mais importante do organismo, o principal componente das células e órgãos e todas as nossas reações químicas internas dependem dela.

Cerca de 60% do corpo humano é composto por água, sendo ela responsável, pela regulação da temperatura corporal, transporte de nutrientes, como oxigénio e sais minerais até as células, pela eliminação de substâncias tóxicas do organismo, entre várias outras funções.

Genericamente, é recomendada a ingestão de cerca de dois litros de água por dia para que o organismo mantenha o seu pleno funcionamento. Contudo fatores como a idade, sexo, peso, estação do ano e prática de atividades físicas podem afetar a quantidade necessária para garantir uma correta hidratação.

O que acontece quando estas necessidades não são alcançadas?  

Quando as necessidades hídricas não são alcançadas o corpo pode entrar em desidratação.  Este é o quadro que se caracteriza pela deficiência de água no corpo.

A desidratação ocorre quando não há uma ingestão de líquidos suficiente para repor as perdas normais que ocorrem por transpiração, urina e fezes ou em casos patológicos através de vómitos, insolação ou diarreia.

Sabe-se que basta a perda de apenas 1% dos líquidos corporais para o organismo dar sinais de desidratação, o que realça bem a importância da ingestão de líquidos.

A desidratação pode ser ligeira (a mais frequente) ou grave, mas tem sempre consequências negativas na saúde.

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Quais são os sinais da desidratação? 

Na desidratação ligeira, a pessoa sente sede, sensação de boca e lábios secos e diminuição de sudorese (suor). Pode ainda sentir cansaço invulgar, dor de cabeça, fraqueza muscular ou cãibras e tonturas.

Em caso de desidratação grave, a pessoa sente vertigem, confusão e tonturas, irritabilidade, sede acentuada, diminuição drástica da frequência urinária e urina de cor escura e com cheiro carregado e em casos mais graves convulsões e inconsciência.

O que fazer em caso de desidratação? 

O melhor tratamento é a prevenção.  Os adultos devem beber, pelo menos, seis a oito copos de água por dia. A ingestão de líquidos em abundância, repartidos ao longo do dia é a melhor forma de prevenirmos a desidratação leve, aquela que mais ocorre no nosso dia a dia normal, muitas vezes sem darmos por isso.

Quando praticamos exercício, temos febre, estamos expostos ao sol ou ambientes quentes ou em caso de vómitos ou diarreias a ingestão de líquidos deve ser aumentada.

beber água
créditos: Freepik

Como avaliar de forma simples se o nosso corpo está hidratado?  

A forma mais rápida e simples de avaliar é através da observação da urina. Esta deve ser límpida (o mais transparente possível) e sem cheiro. Por isso sempre que sentir que a urina apresenta uma cor mais carregada ou odor, deve aumentar a quantidade de líquidos.

Sintomas como dores de cabeça, alguma fraqueza, tonturas, cãibras podem ser igualmente sinais de que o seu corpo precisa de mais água.  Por isso fique atento a estes sintomas, por vezes “banais” do dia a dia, que podem ser desvalorizados, mas que são importantes para o equilíbrio do nosso corpo e podem ser tratados com um “simples copo de água”.

Estratégias práticas para conseguir uma correta hidratação: 

Além da ingestão de água, outras bebidas podem ajudar quando falamos em hidratação. Entre as boas opções estão os chás e as infusões (quentes ou frios).

Alimentos com alto teor de água contribuem igualmente para a nossa hidratação – sopas, legumes (principalmente alface, pepino, curgete, beringela), frutas mais sumarentas como melancia, melão, meloa, abacaxi, pêssego ou ainda gelatinas ou lácteos magros.

Em síntese, é importante lembrar: A sensação de sede já é, por si só, um sinal de desidratação. Por isso não devemos esperar por este sinal do nosso corpo para ingerir líquidos.

Imagem cedida por Freepik.